Entrar para o seleto grupo de empresas trilionárias não é uma tarefa simples. Mas, em tempos de inteligência artificial, a “família do trilhão” está crescendo. A mais nova integrante é a fabricante de chips Broadcom.
A companhia fornece produtos para a Apple e outras grandes empresas de tecnologia. Após divulgar uma previsão de aumento expressivo da demanda por seus chips de IA, as ações da Broadcom dispararam, colocando a companhia em um novo patamar.
Aumento da demanda de chips de IA
- Segundo as projeções da Broadcom, as vendas de produtos de inteligência artificial devem crescer 65% no primeiro trimestre fiscal.
- Isso é muito acima do crescimento geral dos semicondutores, estimado em cerca de 10%.
- A fabricante de chips também espera que o mercado endereçável para componentes de IA, projetados para operadores de data centers, atinja a marca de US$ 90 bilhões (cerca de R$ 544 bilhões) até o ano fiscal de 2027.
- O CEO da Broadcom, Hock Tan, afirmou que a empresa conquistou dois grandes novos clientes que são grandes operadores de data centers, conhecidos como hyperscalers.
- O otimismo fez com que as ações da companhia subissem mais de 20%, possibilitando a entrada no clube do trilhão.

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Todos os indicadores ficaram acima do esperado
Apesar das projeções otimistas, todos os últimos resultados da empresa tem superado as expectativas. A Broadcom esperava atingir US$ 10 bilhões em receita anual, mas acabou superando os US$ 12,2 bilhões no período. Já a receita relacionada à IA cresceu 220% no ano, impulsionada pela demanda por processadores e componentes de rede.
O lucro foi de US$ 1,42 por ação no quarto trimestre e a receita subiu para quase US$ 14,1 bilhões no período, encerrado em 3 de novembro. Analistas haviam estimado, em média, lucro de US$ 1,39 por ação e receita de US$ 14,1 bilhões.

A divisão de semicondutores da Broadcom teve receita de US$ 8,23 bilhões no quarto trimestre, um aumento de 12%. As vendas de software cresceram quase 200%, atingindo US$ 5,82 bilhões. A empresa é muito maior do que há um ano, em parte devido à aquisição da VMware, comprada por cerca de US$ 69 bilhões.