Produtoras de animes tiram do ar sites piratas brasileiros

Segundo as autoridades japonesas, os 15 sites piratas de animes retirados do ar receberam cerca de 24 milhões de acessos em três meses
Alessandro Di Lorenzo17/12/2024 15h33
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Imagem: Evgeniy Voytik/Shutterstock
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As autoridades do Japão estão buscando alternativas para proteger os direitos autorais dos criadores de animes e mangás. E isso significa, entre outras coisas, combater a pirataria, dentro e fora do território japonês.

O grupo antipirataria Content Overseas Distribution Association (CODA), por exemplo, acabou de anunciar que retirou do ar 15 sites que transmitiam os conteúdos de forma irregular. Eles estavam hospedados no Brasil.

Um dos sites piratas de anime mais visitados do Brasil foi derrubado

A operação, em nome das produtoras Toei Animation, Toho e Bandai Namco Filmworks, ocorreu no início de dezembro em cidades do estado de São Paulo.

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Animes fazem parte da cultura japonesa e movimentam milhões (Imagem: Crunchyroll/divulgação)

Os responsáveis pelas páginas de pirataria digital receberam visitas de advogados do grupo em seus endereços residenciais. A conversa direta visa ser mais incisiva do que o envio de comunicados pelos Correios solicitando o encerramento das atividades ilegais.

Entre os alvos está o terceiro site pirata de anime mais visitado do Brasil. Os dados de tráfego da SimilarWeb indicam que em setembro, outubro e novembro deste ano, os 15 endereços receberam 6,43 milhões, 9,3 milhões e 8,34 milhões de visitas, respectivamente. Os nomes dos sites piratas retirados do ar não foram divulgados.

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Os sites piratas estavam hospedados no Brasil e ofereciam os animes de forma ilegal (Imagem: Crunchyroll/divulgação)

América Latina abriga uma grande quantidade de sites piratas

  • Em nota, o CODA afirmou que a proliferação de sites piratas de conteúdo japonês se tornou um problema na América Latina nos últimos anos.
  • Dessa forma, o encerramento dessas páginas “é essencial para que as empresas possam criar um mercado saudável com distribuição legítima”.
  • A entidade ainda desta que espera que os fãs dos animes “reconheçam que, ao aproveitar o conteúdo corretamente, o ecossistema de produções japonesas funcionará de maneira saudável e continuará a evoluir”.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.