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Com mais de 6 mil metros de altura, o Monte Denali, localizado no Alasca, é considerado hoje a montanha mais alta de toda a América do Norte. Sob ela se esconde uma grande falha cuja formação vinha intrigando cientistas há anos – mas, agora, graças a um estudo publicado na Geology, esse mistério foi finalmente desvendado.
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Entenda:
- A Falha de Denali, no Alasca, está localizada sob a montanha mais alta da América do Norte;
- Com 2 mil quilômetros de extensão, a falha possui seções que, de acordo com hipóteses anteriores, poderiam ter formado um único território no passado;
- Para comprovar a teoria, um novo estudo analisou um mineral raro presente na falha;
- Como resultado, a equipe descobriu que, de fato, as três seções da Falha de Denali foram formadas ao mesmo tempo, há milhões de anos.
Ao longo da década de 1990, algumas pesquisas sugeriram que três seções da Falha de Denali eram originalmente, há milhões de anos, unidas – mas acabaram se separando após uma colisão entre duas placas tectônicas. Buscando confirmar essa hipótese, a equipe do novo estudo analisou um mineral presente na falha de mais de 2 mil quilômetros.
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Estudo conecta partes de falha sob a montanha mais alta da América do Norte
Liderados por Sean Regan, autor principal do artigo, os pesquisadores estudaram as características da monazita nas três seções da Falha de Denali. O mineral, como explica Regan em comunicado, muda de acordo com as transformações da rocha que o hospeda: “Ele pode participar de muitas reações, então podemos usá-lo como uma forma de rastrear a evolução mineralógica de uma rocha.”
Com análise das amostras de monazita, a equipe conseguiu confirmar que as três seções “se formaram ao mesmo tempo, sob condições semelhantes. E todas ocupam um cenário estrutural muito parecido. Não apenas têm a mesma idade, mas se comportam de forma semelhante. Elas diminuem em idade, estruturalmente, para baixo [fenômeno conhecido como retrometamorfismo].”
As descobertas revelam que essas três regiões se formaram no mesmo lugar e no mesmo tempo. Esse lugar era a zona de sutura terminal entre a placa norte-americana e a subplaca Wrangell, uma mini placa tectônica que compõe parte do quebra-cabeça complexo da costa norte do Pacífico.
“Nossa compreensão do crescimento litosférico, ou crescimento de placas, ao longo da margem ocidental na América do Norte está se tornando mais clara, e uma grande parte disso está relacionada à reconstrução de falhas de deslizamento, como a Falha de Denali”, destacou Regan.
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