Uma importante descoberta arqueológica no Egito revelou a tumba de Tetinebefou, um médico que teria tratado o próprio faraó, com base em inscrições antigas. Localizada em Saqqara, um dos sítios arqueológicos mais conhecidos do país, a tumba tem 4.100 anos e, embora tenha sido saqueada ao longo dos séculos, os arqueólogos puderam analisar as pinturas nas paredes e as inscrições hieroglíficas que fornecem detalhes sobre a vida e os títulos do médico.
De acordo com a equipe suíço-francesa que fez a descoberta, Tetinebefou detinha o título de “conjurador da deusa Serqet”, o que indica que ele era um especialista em tratamentos para picadas de escorpiões, já que essa deusa estava associada a esses animais. Além disso, as inscrições mencionam que ele ocupava posições de destaque, como diretor das plantas medicinais e chefe dos dentistas da corte real, títulos raramente encontrados em registros egípcios.

A importância de Tetinebefou na corte real
- Os arqueólogos acreditam que, devido à sua posição, Tetinebefou era um dos médicos mais importantes do Egito Antigo, possivelmente responsável pelos cuidados do próprio faraó.
- As pinturas coloridas na tumba retratam uma variedade de objetos, como vasos e jornais, que poderiam ter sido utilizados em seus tratamentos médicos.
- A vibrante paleta de cores das pinturas, preservada ao longo de milênios, surpreendeu os especialistas, que destacaram como as imagens ainda parecem frescas apesar da idade avançada da tumba.
- Embora o nome exato do faraó que Tetinebefou atendeu não tenha sido identificado, é possível que ele tenha servido durante o reinado de Pepi II, que governou o Egito entre 2246 e 2152 a.C., ou de outros faraós da mesma época.
- O período de Pepi II marcou o auge do Antigo Império, mas também foi seguido pela fragmentação do Egito, conhecida como o Primeiro Período Intermediário, onde governadores locais (nomarcas) passaram a exercer maior poder.

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Análises continuam e novas descobertas são esperadas
Apesar da falta de restos humanos na tumba, que foi saqueada em algum momento da história, os arqueólogos continuam com a análise das inscrições e pinturas, esperando revelar mais detalhes sobre a vida e as práticas médicas do Egito Antigo.

A descoberta da tumba de Tetinebefou é um marco importante para o estudo da medicina antiga, especialmente no que diz respeito ao tratamento de picadas venenosas e à presença de dentistas na corte real, uma prática rara para a época.