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Muitas pessoas já suspeitaram que alguns de seus dispositivos, como smartphones, estão “ouvindo” conversas para veicular anúncios direcionados, especialmente após eventos, como ver uma publicidade relacionada a algo conversado recentemente.
Recentemente, a Apple resolveu um processo de cinco anos que alegava que a Siri gravava conversas sem o consentimento dos usuários para fins publicitários, conforme revela o The Washington Post.
Embora a empresa da maçã tenha negado a utilização de dados de sua assistente para criar perfis de marketing, especialistas afirmam que, embora improvável, os dispositivos não precisam ouvir para saber tudo sobre você.

A principal forma como os dispositivos coletam dados é por meio da localização, do uso de aplicativos e de interações com redes Wi-Fi, o que pode ser suficiente para exibir anúncios relacionados aos interesses de uma pessoa, mesmo sem ouvir suas conversas.
No entanto, a falta de transparência das empresas sobre o uso desses dados alimenta a desconfiança dos usuários, como evidenciado por processo contra Apple, Amazon e Google, que revelou que, em alguns casos, assistentes de voz, como Siri e Alexa, gravavam áudio sem serem chamados.
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Gravações acidentais dos smartphones?
- Embora a maioria dos assistentes de voz não grave áudio constantemente, há situações em que isso acontece acidentalmente;
- As empresas afirmam que, em algumas ocasiões, os humanos revisam trechos de áudio para melhorar a precisão dos assistentes;
- Para quem deseja mais controle sobre sua privacidade, a Apple permite que os usuários desativem a coleta de áudio ou a revisão humana nas configurações de privacidade.
Defensores da privacidade do consumidor sugerem que a falta de legislações rigorosas contribui para a coleta indiscriminada de dados e recomendam o uso de ferramentas de privacidade, como extensões de navegador ou navegadores que oferecem maior proteção de dados, como Firefox ou DuckDuckGo.
