Teleférico na cidade? Na Nova Zelândia, isso já é realidade

Gôndolas são fixadas em cabos flexíveis e operam de forma autônoma, conforme necessidade do cliente
Por Bruna Barone, editado por Rodrigo Mozelli 16/01/2025 02h20, atualizada em 24/01/2025 10h06
Representação artística de uma das gôndolas do teleférico
Teste em veículo para 5 pessoas é realizado em cidade na Nova Zelândia (Imagem: Divulgação/Whoosh)
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Um projeto-piloto está testando um sistema de transporte inédito sob demanda em Queenstown (Nova Zelândia). A experiência se assemelha a um teleférico e busca facilitar o deslocamento em grandes cidades de forma vertical, sem escalas.

Batizado de Whoosh, o transporte foi desenvolvido para passageiros e mercadorias. As gôndolas são fixadas em cabos flexíveis e operam de forma autônoma, portanto, podem navegar por uma rede modular conforme a necessidade do cliente.

“Viajar em uma via exclusiva elimina os riscos da autonomia na superfície, criando uma rede de veículos elétricos seguros de alto rendimento, com baixa necessidade de energia e zero emissões”, diz a empresa.

Representação artística de como seriam as gôndolas do teleférico
Estações de parada podem ser construídas acima da superfície (Imagem: Divulgação/Whoosh)

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Como funcionaria o “teleférico”?

  • O passageiro pode reservar a viagem usando máquinas de venda de bilhetes ou aplicativo;
  • A partir daí, o sistema vai enviar instruções para a gôndola disponível mais próxima, selecionando a rota mais eficiente;
  • Os pontos de parada seriam colocados em locais estratégicos, segundo a empresa, localizadas no nível do solo, elevadas ou enxertadas em ambientes urbanos densos com a capacidade de se integrar diretamente com edifícios;
  • Podemos cruzar um rio, uma ponte, uma rodovia. Não precisamos encaixar corredores rodoviários existentes. Podemos ter uma rede que corre ao longo do topo dos edifícios — um de nossos clientes no exterior está procurando conectar telhado a telhado entre cerca de dez hotéis que ele tem”, contou Chris Allington, fundador e CEO da Whoosh, ao New Atlas.

Perspectiva artística de três pessoas sorrindo e conversando dentro de uma das gôndolas do teleférico
Velocidade média da gôndola seria de 40 km/h (Imagem: Divulgação/Whoosh)

Projeto-piloto

O teste está sendo realizado no distrito de Remarkables Park, um dos principais destinos turísticos da Nova Zelândia. A cidade abriga 40 mil habitantes e foi construída para desenvolver a região de Queenstown, com residências, resorts e áreas de varejo.

De acordo com a Whoosh, a cidade — que recebe 3,5 milhões de turistas por ano — vem sofrendo com problemas no fluxo do trânsito. “A Whoosh está ajudando o Remarkables Park a planejar a redução de congestionamentos e emissões, melhorar a mobilidade e economizar dinheiro.”

Por enquanto, o veículo em experimento pode comportar até cinco pessoas. Futuramente, a empresa quer ampliar o uso do protótipo focado em serviços de logística. A velocidade média de cada gôndola deve ser de 40 km/h.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.