A pressa tem conduzido a vida do ser humano a passos mais rápidos a cada dia que passa, mas, na natureza, o comportamento de certos animais indica que nem ligam para o rótulo de mais lentos do mundo. Pelo contrário, continuam a vida no seu ritmo e na sua velocidade, não importa o que acontece ao seu redor.
Mas temos que fazer justiça, não possamos afirmar que é só por livre e espontânea (vagarosa) vontade. A categoria que enquadra os animais mais lentos do mundo é baseada em critérios e características específicas que ajudam a classificar as espécies.
Entre essas características que definem uma lista de animais mais lentos estão a velocidade e o modo de locomoção, o metabolismo e estratégias energéticas, adaptação ao habitat e a pressão predatória ou necessidade de movimento.
A velocidade máxima que o animal consegue atingir é medida geralmente em km/h ou m/s, seja no solo, na água ou no ar. A dieta e o estilo de vida também influenciam diretamente na velocidade (exemplo: herbívoros que consomem alimentos de baixa caloria).

O modo como se movem pode ser usando pernas, nadadeiras, pés ou músculos corporais, como é o caso das lesmas e dos caracois. A eficiência energética da locomoção também é considerada: animais com metabolismos lentos tendem a ser mais lentos.
E para exemplificar a adaptação ao habitat, podemos notar que alguns animais são lentos porque não precisam se mover rapidamente para sobreviver, como os cavalos-marinhos, que se camuflam e evitam predadores em recifes de coral.
Para listar 10 animais mais lentos do mundo, estudos científicos sobre comportamento animal observaram metabolismo e fisiologia, e pesquisadores e biólogos de campo coletaram informações ao observar animais em seus habitats naturais. Programas da BBC Earth ou NatGeo exemplificam as pesquisas realizadas para entender melhor os bichos mais lentos.
E, se você pensou em tartarugas, bicho-preguiça e lesmas, saiba que a lista vai além desses bichinhos mais conhecidos, tem até uma espécie de tubarão neste rol. Dê uma boa espreguiçada, respire fundo e leia devagar sobre esses animais e descubra se a vida deles é essa moleza toda.
Quais os 10 animais mais lentos do mundo?
1 – Bicho-preguiça (três-dedos)
Ok, vamos começar pelos clássicos, aquele que é uma das criaturas mais fascinantes das florestas tropicais. O bicho-preguiça comum (Bradypus variegatus) é um mamífero arborícola que tem o corpo coberto de pelos densos, unhas longas e curvas, e passa a maior parte do tempo pendurado em árvores.

Geralmente, a preguiça desce ao chão apenas para defecar: um ritual que ocorre cerca de uma vez por semana. Esse comportamento é arriscado, já que no solo elas são mais vulneráveis a predadores. Ninguém sabe ao certo por que descem, mas teorias sugerem que isso pode ajudar a fertilizar a árvore onde vivem.
Vivem na América Central e do Sul, em florestas tropicais (no Brasil, Costa Rica, Colômbia, etc.). E a sua velocidade é de 0,27 km/h (0,075 m/s) no solo e cerca de 4 metros por minuto em árvores.
Seu metabolismo é extremamente lento, devido à dieta pobre em calorias (folhas). Movem-se vagarosamente para economizar energia e evitar predadores ao minimizar o movimento.
Em defesa desse animal tão simpático, vamos enaltecer algumas qualidades. Apesar de parecerem desajeitadas, preguiças podem usar suas garras afiadas como defesa contra predadores, como jaguares e harpias.
Além disso, elas nadam surpreendentemente bem e podem atravessar rios com eficiência. Por fim, as preguiças frequentemente caem das árvores, mas sua anatomia é adaptada para suportar quedas de até 30 metros de altura, equivalente a um prédio de dez andares.
2 – Cavalo-marinho
O cavalo-marinho comum (Hippocampus hippocampus) é um peixe ósseo pequeno e de aparência peculiar. Tem um corpo rígido coberto por placas ósseas, uma cauda preênsil e um focinho tubular. Sua forma lembra a cabeça de um cavalo, o que inspirou seu nome.

Possuem olhos que podem se mover independentemente, como os camaleões, permitindo observar o ambiente em várias direções ao mesmo tempo. Apesar de serem peixes, os cavalos-marinhos nadam de maneira extremamente lenta e são considerados os peixes mais lentos do mundo, com uma velocidade máxima de 0,01 km/h.
Vivem em águas costeiras tropicais e temperadas ao redor do mundo, especialmente em corais e manguezais. Essas espécies podem ser encontradas em várias regiões do mundo, incluindo os oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.
Eles nadam eretos, impulsionados por uma pequena nadadeira dorsal que bate cerca de 30-70 vezes por segundo, enquanto as nadadeiras peitorais ajudam na direção. São lentos assim porque nadam com a ajuda de uma pequena nadadeira dorsal. Sua lentidão é adaptativa, permitindo que se misture ao ambiente para escapar de predadores.
Inclusive muitas espécies de cavalos-marinhos estão ameaçadas devido à destruição de habitats, pesca acidental e captura para o comércio de aquários e medicina tradicional.
3 – Caracol-de-jardim
O caracol-de-jardim (Cornu aspersum) é um molusco gastrópode com uma concha espiral, corpo viscoso e tentáculos com olhos. De habitat terrestre, vivem em jardins, florestas e áreas úmidas ao redor do mundo, especialmente em climas temperados.

Sua velocidade é de 0,05 km/h (0,014 m/s). Movem-se lentamente usando músculos do “pé” e secretando muco. A lentidão é uma consequência de sua fisiologia, que não foi feita para alta mobilidade.
Para percorrer apenas 1 metro, ele leva cerca de 1 minuto e 20 segundos! É lento por causa do modo como se desloca: ele usa um músculo no “pé” ventral que se contrai e relaxa lentamente, empurrando o corpo para frente.
Para se mover, o caracol secreta uma camada de muco que reduz o atrito com o solo e protege seu corpo mole de superfícies ásperas ou cortantes. Esse muco também permite que ele se locomova em superfícies verticais ou mesmo de cabeça para baixo.
Sua dieta de plantas e material orgânico oferece menos energia comparada a animais carnívoros, então, o caracol economiza energia movendo-se devagar. E ao invés de fugir rapidamente de predadores, o caracol confia na proteção oferecida por sua concha resistente.
Apesar de lento, o caracol pode se mover continuamente sem fazer pausas longas, desde que o ambiente seja úmido. Ele previne a desidratação ao evitar ambientes quentes e secos. Os caracóis são mais ativos à noite ou durante o amanhecer e entardecer, períodos em que há mais umidade. A umidade facilita o movimento e impede que o muco seque rapidamente.
Embora o caracol não possa fugir rapidamente de predadores, ele pode se retrair totalmente para dentro da concha e bloquear a entrada com uma camada endurecida de muco chamada epifragma. Isso o protege de ameaças e da desidratação.
Dorminhoco de longa data, o caracol pode entrar em estado de dormência (hibernação ou estivação) por meses ou até anos se estiver em condições desfavoráveis, como seca ou frio extremo.
4 – Estrela-do-mar
A estrela do mar (Asterias rubens) é um equinodermo marinho com simetria radial, cinco braços (em média) e capacidade de regeneração. Vive em fundos marinhos de oceanos do mundo inteiro, em recifes de corais ou fundos arenosos.

Sua velocidade é de 0,009 km/h (0,0025 m/s) e move-se com pequenos pés tubulares que operam por pressão hidráulica. A lentidão está ligada à busca por alimento em locais próximos.
O sistema de locomoção da estrela-do-mar é único e depende de um sistema hidráulico chamado sistema ambulacrário: a água do ambiente é bombeada para o interior do corpo da estrela através de um orifício chamado madrepórica. Essa água pressuriza os pés ambulacrários, que se expandem e contraem para criar movimentos lentos e coordenados.
A estrela-do-mar é um predador oportunista, alimentando-se principalmente de moluscos (como mexilhões e ostras), que são presas imóveis. Sua velocidade não é um fator determinante para capturar alimentos.
Em vez de fugir de predadores, a estrela-do-mar conta com estratégias como regeneração de braços e o uso de espinhos ou substâncias tóxicas para se defender.
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5 – Coala
O coala (Phascolarctos cinereus) é um marsupial herbívoro (portanto, não é um urso), de pelo cinza macio, e com uma dieta baseada exclusivamente em folhas de eucalipto. É um dos animais mais emblemáticos da Austrália e possui características únicas que explicam sua lentidão e hábitos peculiares.

Sua velocidade é de 10 km/h (em terra, por curtos períodos, mas no geral se movem lentamente). Seu metabolismo é adaptado para economizar energia devido à dieta de baixo valor nutricional. A lentidão dos coalas é consequência direta de sua dieta, metabolismo e estilo de vida.
O coala se alimenta quase exclusivamente de folhas de eucalipto, que são pobres em nutrientes e ricas em toxinas. Essas folhas fornecem pouquíssima energia, o que obriga o coala a economizar energia ao máximo.
Eles possuem um metabolismo extremamente lento, que reduz a taxa de queima de energia. Isso permite que eles processem as folhas tóxicas sem gastar energia desnecessária.

Como vivem principalmente em árvores, os coalas evitam movimentos rápidos que poderiam colocá-los em risco de quedas. Em terra, os coalas podem se mover a até 10-12 km/h por curtas distâncias, mas no dia a dia, são muito mais lentos.
Na copa das árvores, eles se deslocam cuidadosamente para economizar energia e evitar acidentes. Também são muito dorminhocos: os coalas dormem cerca de 18 a 22 horas por dia para conservar energia. O restante do tempo é dedicado a se alimentar, se mover entre árvores e, ocasionalmente, socializar.
São animais solitários e possuem territórios específicos. Apesar disso, suas áreas podem se sobrepor parcialmente a outras. Habitam as florestas de eucalipto no leste e sudeste da Austrália, em estados como Queensland, Nova Gales do Sul, Vitória e Austrália Meridional.
Consomem cerca de 500 gramas de folhas de eucalipto por dia, selecionando as mais macias e nutritivas (porque seus focinhos fofos são muito sensíveis). Eles dependem de florestas saudáveis, tornando-os vulneráveis à perda de habitat devido ao desmatamento.
6 – Lesma
Ah, o símbolo da lerdeza não poderia ficar de fora desta lista. A lesma mais conhecida é a lesma comum (Limax maximus), um molusco sem concha (ou com uma reduzida), e que secreta muco para facilitar o movimento e evitar ressecamento.

As lesmas vivem em ambientes úmidos como florestas, jardins e áreas sombreadas. Sua velocidade é de 0,05 km/h (semelhante ao caracol). A estrutura do corpo e o mecanismo de locomoção (contração muscular) limitam a velocidade. A lentidão das lesmas está relacionada ao seu corpo, locomoção e hábitos de vida.
Estes moluscos se movem através de contrações ondulatórias de um músculo chamado “pé ventral”, localizado na parte inferior do corpo. Esse movimento é extremamente lento, pois a força gerada é baixa e depende de uma camada de muco que reduz o atrito.
As lesmas secretam um muco viscoso que as ajuda a deslizar sobre superfícies e a evitar danos ao corpo. Produzir muco exige muita energia, então economizam energia movendo-se lentamente.
Se alimentam de folhas, fungos, matéria em decomposição e, ocasionalmente, de outros pequenos organismos. Esses alimentos são pobres em calorias, o que limita sua capacidade de sustentar movimentos rápidos.
Em vez de fugir de predadores, as lesmas confiam em sua capacidade de se esconder em ambientes úmidos e escuros ou em sua produção de muco pegajoso e desagradável para evitar serem devoradas.
Pensando na velocidade de locomoção das lesmas, saiba que levariam mais de 24 horas para percorrer 100 metros (a uma velocidade média de 1 mm por segundo ou 0,004 km/h)!
7 – Tartaruga-gigante-de-Galápagos
Demorou, mas chegou! As tartarugas também não poderiam ficar de fora dessa. A tartaruga-gigante-de-Galápagos (Chelonoidis niger) é uma das maiores e mais emblemáticas espécies de tartarugas do mundo. Sua lentidão é parte de sua fisiologia, dieta e comportamento.

É um réptil de grande porte, com carapaça abobadada, que pode viver mais de 100 anos (há registros de até 175 anos). A lentidão dessa tartaruga é resultado de uma combinação de fatores. As tartarugas-gigantes são herbívoras, alimentando-se principalmente de grama, folhas, cactos e frutas. Esses alimentos têm baixo valor calórico, exigindo que elas economizem energia.
Com um peso que pode ultrapassar 300 kg e um casco robusto, essas tartarugas não são feitas para velocidade. Sua estrutura massiva limita movimentos rápidos. Como têm poucos predadores naturais nas Ilhas Galápagos, as tartarugas não precisam se mover rapidamente para escapar de ameaças.
O metabolismo dessas tartarugas é adaptado para economizar energia, o que também está relacionado à sua extraordinária longevidade. As tartarugas-gigantes de Galápagos se movem a uma velocidade média de 0,3 km/h em terra. Na água (onde são mais ágeis devido à flutuabilidade), podem se mover um pouco mais rápido, mas não são nadadoras frequentes.
São encontradas exclusivamente nas Ilhas Galápagos, um arquipélago pertencente ao Equador, no Oceano Pacífico. Elas habitam tanto áreas úmidas (com vegetação densa) quanto regiões áridas, onde se adaptam à escassez de água e alimento.
As adaptações físicas também influenciam a lentidão. O casco grande e pesado funciona como uma fortaleza que protege a tartaruga contra predadores e impactos ambientais. Suas patas grossas são adaptadas para suportar o peso corporal, mas não são feitas para agilidade.
As tartarugas-gigantes são herbívoras e podem passar longos períodos sem comer ou beber, sobrevivendo com reservas de gordura e água armazenadas em seus corpos. Alimentam-se de até 36 kg de vegetação em um único dia, mas também são capazes de sobreviver com muito pouco, graças ao seu metabolismo lento.
8 – Lóris-lento
Este tem ‘lento’ até no nome. O lóris-lento é um primata fascinante, conhecido por sua movimentação vagarosa e hábitos noturnos. Existem várias espécie e pertence ao gênero Nycticebus. É encontrado nas florestas tropicais do Sudeste Asiático.
Sua lentidão é uma característica adaptativa única, ligada a sua dieta, defesa e estilo de vida. É pequeno, tem olhos grandes e movimentos extremamente lentos. Possui um veneno fraco em suas glândulas.

O lóris-lento se move devagar para evitar ser notado por predadores. Seus movimentos lentos e furtivos tornam difícil para predadores detectá-lo em meio à folhagem densa. Em vez de fugir, o lóris confia em sua capacidade de se camuflar e em seu comportamento defensivo. Ele também pode morder caso se sinta ameaçado, liberando um veneno de suas glândulas nos cotovelos.
Eles se alimentam principalmente de seiva de árvores, flores, néctar, frutas e pequenos insetos. Esses alimentos não fornecem grandes quantidades de energia, e a lentidão ajuda a economizar energia.
A anatomia adaptada também ajuda. Os músculos do lóris-lento são adaptados para sustentação prolongada em galhos. Isso sacrifica a velocidade em troca de força e estabilidade.
Eles têm uma visão binocular excelente, o que lhes permite calcular movimentos com precisão, mas preferem se mover devagar para evitar erros ou quedas.
Os lóris-lentos se movem a uma velocidade de 1,2 a 2 km/h, dependendo da espécie e da situação. São encontrados nas florestas tropicais do Sudeste Asiático, incluindo países como Indonésia, Tailândia, Malásia, Vietnã e Camboja. Vivem em árvores densas, onde se deslocam de galho em galho com movimentos cuidadosos. Lóris-lentos podem viver até 20 anos na natureza e mais em cativeiro.
A lentidão é uma estratégia de sobrevivência crucial. Movimentos rápidos podem atrair atenção, enquanto a lentidão permite que o lóris permaneça quase invisível. Com uma dieta limitada em energia, mover-se devagar é essencial para sobreviver em florestas onde os recursos podem ser escassos.
Seus movimentos acrobáticos são uma atração à parte. Apesar de lentos, eles são incrivelmente habilidosos para se pendurar de cabeça para baixo em galhos.
9 – Tubarão-da-Groenlândia
O tubarão-da-Groenlândia (Somniosus microcephalus) é um dos animais mais lentos do mundo. Ele merece um lugar especial nesta lista por ser uma das espécies de tubarões mais longas e de vida mais longa (pode viver mais de 400 anos!). Tem corpo robusto, pele acinzentada e se move de forma extremamente lenta.

Vivem em águas profundas e geladas do Atlântico Norte e do Oceano Ártico, especialmente perto da Groenlândia, Islândia e Canadá. Ele pertence à família Somniosidae (tubarões-dorminhocos).
O tubarão-da-Groenlândia vive em águas muito frias, que reduzem sua taxa metabólica. Isso significa que ele consome pouca energia e tem movimentos mais lentos para economizar recursos.
Vivendo em profundidades de até 2.200 metros, onde a pressão é alta e a temperatura é baixa (geralmente entre 1-4 °C), a lentidão é uma característica que combina com o ambiente escuro e calmo.
É um predador oportunista e também um necrófago (se alimenta de carcaças). Não depende de velocidade para caçar, mas sim de furtividade e paciência. Que estilo de vida, hein?
É um dos tubarões mais lentos, com uma velocidade média de apenas 1,2 km/h. Apesar de lento, ele é eficiente, usando sua capacidade de se aproximar sorrateiramente de presas adormecidas ou moribundas.
Pode atingir até 7 metros de comprimento e pesar mais de 1.000 kg, sendo um dos maiores tubarões do mundo. O tubarão tem visão limitada, agravada pela presença de um parasita copepode (Ommatokoita elongata), que se fixa em seus olhos. Isso, no entanto, não prejudica muito sua capacidade de encontrar alimento, já que depende mais do olfato.
Alimenta-se de peixes (como bacalhau e linguado), cefalópodes, focas, aves marinhas e até restos de grandes mamíferos marinhos (como baleias). Seu método de caça é oportunista, move-se lentamente e captura as presas que estejam distraídas ou adormecidas. Este tubarão é um verdadeiro exemplo de adaptação extrema às condições mais desafiadoras do planeta.
10 – Anêmona-do-mar
As anêmonas-do-mar são animais marinhos fascinantes, conhecidos por sua aparência semelhante a flores e sua lentidão característica. Elas pertencem ao filo Cnidaria e à classe Anthozoa, podendo variar nas espécies.

Embora pareçam imóveis, são capazes de realizar movimentos lentos para mudar de posição ou capturar presas. Invertebrado marinho, corpo em forma de cilindro com tentáculos ao redor da boca.
Está presente em todo o mundo, principalmente em recifes de corais e fundos marinhos. Anêmonas-do-mar são encontradas em todos os oceanos, desde águas rasas tropicais até as profundezas frias do mar. Vivem fixadas em substratos duros, como rochas, corais e até em conchas de moluscos.
Algumas espécies podem ser encontradas associadas a outros organismos, como os caranguejos-eremitas, que carregam anêmonas em suas conchas para proteção mútua.
Sua velocidade é de 0,0001 km/h (basicamente imóvel, movendo-se apenas quando necessário). Movimenta-se para buscar novas áreas de fixação ou escapar de predadores, mas isso ocorre raramente. Para ficar mais claro, a velocidade é de aproximadamente 1 a 2 cm por hora.
Muitas espécies de anêmonas-do-mar são consideradas sésseis, ou seja, passam a maior parte de suas vidas fixadas a um substrato, como rochas ou corais. Elas não precisam se mover rapidamente, já que capturam alimento passivamente.
As anêmonas podem se deslocar, mas fazem isso extremamente devagar, deslizando pelo substrato ou usando sua base adesiva para “andar”. Isso pode levar horas ou dias para percorrer distâncias curtas.
Como se alimentam capturando pequenos organismos que passam por seus tentáculos, não há necessidade de velocidade. Suas células urticantes (cnidócitos) paralisam as presas, tornando a caça ativa desnecessária.
Alimentam-se de pequenos peixes, plânctons, crustáceos e outros organismos que entram em contato com seus tentáculos. Quando a presa toca os tentáculos, os cnidócitos liberam toxinas que a paralisam. A anêmona, então, utiliza seus tentáculos para levar a presa até a boca, localizada no centro do corpo.