Imagem: Pasotteo/Shutterstock
Pesquisadores do MIT, Brigham and Women’s Hospital e da Universidade de Iowa desenvolveram uma nova estratégia para proteger pacientes com câncer dos danos causados pela radiação durante o tratamento, usando uma proteína dos tardígrados, organismos microscópicos conhecidos por sua resistência à radiação.
A proteína Dsup dos tardígrados ajuda a proteger o DNA contra danos causados por radiação, e os cientistas conseguiram, ao injetar RNA mensageiro que codifica essa proteína em camundongos, proteger o DNA das células expostas à radiação. O estudo foi publicado na revista Nature Biomedical Engineering.
A radiação é um tratamento comum contra o câncer, mas seus efeitos colaterais, como lesões em órgãos como boca, garganta e intestinos, podem ser muito dolorosos e prejudiciais. Isso pode levar os pacientes a interromperem ou atrasarem o tratamento.
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A nova abordagem dos pesquisadores visa proteger especificamente as áreas do corpo que são expostas à radiação, sem afetar o tumor em si. A proteína Dsup é expressa temporariamente no corpo por meio do RNA mensageiro, o que a torna mais segura do que outras abordagens que alteram o DNA de forma permanente.
Caso seja desenvolvida para uso em seres humanos, essa abordagem pode não apenas melhorar a eficácia dos tratamentos de radioterapia, mas também ser usada para proteger contra danos causados por quimioterapia ou radiação no espaço, proporcionando novas possibilidades para diversas áreas da medicina e da exploração espacial.
Esta post foi modificado pela última vez em 26 de fevereiro de 2025 19:57