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A chuva ácida era um grande problema há algumas décadas, corroendo estátuas e edifícios, matando espécies aquáticas e destruindo florestas. Apesar de ainda existir, legislações conseguiram controlar seus impactos. Agora, há um novo problema: está chovendo microplástico.
A situação fica ainda pior porque o poluente demora milênios para se degradar e seus riscos à saúde humana ainda não são totalmente conhecidos.
A chuva ácida era uma ameaça ambiental séria, proveniente da poluição atmosférica. Na prática, os poluentes reagiam com o ar e vapor da água, e caíam em forma de precipitação. O resultado? A chuva ‘poluída’ corroía edifícios e estátuas, destruía vegetações e matava espécies aquáticas.
O problema era sério na década de 1970, mas diminuiu com legislações voltadas para limitar a quantidade de poluentes que reagiam com a água. Isso não quer dizer que a chuva ácida não existe mais, mas que ela é menos grave do que era há alguns anos.
Mas não estamos livres de preocupações: a Vox apontou que diversos estudos encontraram evidências de que a chuva está cheia de novos poluentes, incluindo microplásticos.
Segundo o site, enquanto os legisladores estavam combatendo os poluentes responsáveis pela chuva ácida, empresas estavam gerando um novo tipo de poluição: os PFAS (substâncias per e polifluoroalquil), que incluem os microplásticos. Esses produtos são usados para tornar tecidos resistentes a manchas e panelas antiaderentes, mas, com o tempo, vazaram para o meio ambiente.
Veja o que se sabe sobre a ‘chuva de microplástico’:
A chuva ácida foi controlada. Já os microplásticos demoram milênios para se degradarem. Eles estão em todos os lugares, desde rios e mares até reservatórios que alimentam os peixes que comemos. Você já deve ter visto aqui no Olhar Digital como essas substâncias microscópicas estão presentes na nossa alimentação e até dentro do nosso corpo.
Segundo Brahney, o problema do microplástico é muito pior do que a chuva ácida, porque simplesmente não podemos parar o seu ciclo. “Ele está lá e não vai embora”, afirmou.
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Há uma pequena solução: estações de tratamento de água. Segundo a Vox, esse processo remove mais de 70% dos poluentes na água – mas algumas ainda passam. Por exemplo, um estudo do início desse ano encontrou microplásticos em garrafas d’água e água da torneira na França.
Outro problema é que os cientistas ainda não sabem exatamente qual impacto a ingestão desses poluentes tem na saúde humana. Alguns trabalhos já indicam que o microplástico está ligado ao câncer, doenças cardíacas e renais, e até Alzheimer.
E como reverter a situação? Para Brahney, a única forma de nos livrarmos dos PFAS seria voltar no tempo. Ou seja, não conseguiremos.
Esta post foi modificado pela última vez em 12 de março de 2025 21:02