IA traz economia de mais de 120 horas anuais ao fazer tarefas administrativas

Programas-piloto do Google apontam que os trabalhadores seriam capazes de economizar mais de 120 horas anualmente se colocassem tecnologia para realizar tarefas administrativas
Por Rodrigo Mozelli, editado por Bruno Capozzi 25/04/2025 19h23, atualizada em 28/04/2025 21h04
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O Google trouxe, nesta sexta-feira (25), dados que apontam que a Grã-Bretanha poderia ganhar US$ 533 bilhões (R$ 3,02 trilhões, na conversão direta) se treinasse sua força de trabalho para aproveitar o crescimento econômico conquistado com a inteligência artificial (IA).

Programas-piloto da gigante do Vale do Silício realizados no país apontam que os trabalhadores seriam capazes de economizar mais de 120 horas anualmente se colocassem a IA para realizar tarefas administrativas.

Tecnologia pode salvar tempo precioso (Imagem: Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E)

Segundo a companhia, pequenas medidas, tais como permitir que os trabalhadores utilizem a tecnologia e tenham algumas horas de treinamento, já é capaz de impulsionar o uso da IA e o crescimento econômico.

Os dados foram compilados em relatório, desenvolvido em parceria com a Public First. Na análise, dois terços dos trabalhadores (especialmente mulheres mais velhas com origens socioeconômicas mais baixas) jamais usaram a IA em seus respectivos trabalhos.

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Na publicação sobre os resultados, Debbie Weinstein, presidente do Google na Europa, Oriente Médio e África, relatou que os programas-piloto do chamado AI Works (implementado em cadeia de pequenas empresas, fundos educacionais e um sindicato) indicaram que, em média, poderiam ser economizadas 122 horas por ano se a IA fosse utilizada nas tarefas administrativas.

Contudo, um impedimento notado na experiência foi o fato de que as pessoas testadas tinham receio de que usar a tecnologia em seus postos de trabalho seria errado, ilegítimo ou injusto.

“As pessoas queriam ‘permissão para incitar‘”, disse a executiva. “’Será que está tudo bem eu fazer isso?’ Então, dar a elas essa garantia foi muito importante”, pontuou.

Ilustração de aperto de mão entre pessoa e robô, representando a inteligência artificial; ambas as mãos saem de telas de laptops, que flutuam na diagonal
Maioria de pessoas que tem receio de usar a IA são mulheres acima de 55 anos (Imagem: SvetaZi/Shutterstock)

Pense em deixar seus funcionários usarem IA administrativamente!

  • Após o início do projeto, com algumas horas de treinamento realizadas com os trabalhadores, eles sentiram mais segurança para usar a IA, aumentando a utilização consideravelmente;
  • Além disso, segundo Weinstein, eles seguiram trabalhando com a tecnologia durante meses;
  • Com tais intervenções, segundo o Google, a baixa adoção da IA nas empresas testadas por esses trabalhadores foi revertida;
  • Por exemplo: antes do treinamento, somente 17% de mulheres acima dos 55 anos em seus grupos faziam uso semanal da IA e apenas 9% diariamente;
  • Passados três meses, 56% estavam usando por semana e 29% diariamente.

Brasil e Chile querem criar modelo de IA unificado

Os governos de Brasil e Chile querem construir um modelo de linguagem de inteligência artificial (IA) unificado. A ideia é que o Modelo de Linguagem Grande (LLM, na sigla em inglês) “reflita as particularidades culturais e regionais da América do Sul”.

O assunto foi discutido em reunião bilateral da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, com a ministra da Ciência, Tecnologia, Conhecimento e Inovação do Chile, Aisen Etcheverry, em Brasília (DF).

Leia a reportagem completa aqui

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.