(Imagem: chayanuphol/Shutterstock)
O hidrogênio verde, produzido a partir de energias renováveis, como a hidrelétrica, a eólica e a solar, pode garantir a tão buscada descarbonização da economia global. Por isso, ele é considerado fundamental na luta contra as mudanças climáticas.
Apesar de todo o seu potencial, tornar essa tecnologia viável em larga escala e a baixo custo ainda é um desafio. No entanto, o Brasil apresenta uma infraestrutura única que alavancar essa indústria e tornar o país líder no processo de transição energética.
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As redes elétricas geram eficiências econômicas ao aproveitar as complementaridades entre os múltiplos geradores e consumidores e ao compartilhar as infraestruturas da rede. No entanto, se a mesma rede também conecta as termelétricas movidas a combustíveis fósseis, como garantir que a eletricidade é, de fato, renovável?
Essa garantia tem sido avaliada sob a denominação de integridade de carbono. Este conceito, tema de debate em alguns países do mundo, visa assegurar que a conexão do hidrogênio verde não induz emissões de carbono em outros pontos da rede elétrica.
Como o sistema brasileiro tem cerca de 90% de energia renovável, os riscos de indução de emissões de carbono na rede são muito menores no comparativo internacional. No entanto, a integridade de carbono precisa constar nas discussões energéticas no Brasil.
Se o Brasil formalizar sua visão de integridade de carbono, terá as credenciais para ser protagonista nessa discussão. Por outro lado, se optar por ignorar o tema, ficará na dependência de conceitos importados, sob risco de desperdiçar seu diferencial.
Artigo publicado no The Conversation
Esta post foi modificado pela última vez em 22 de maio de 2025 11:05