Durante sua tentativa de pouso na superfície lunar, o módulo japonês Resilience perdeu o contato. A espaçonave da empresa ispace realizava sua descida na cratera Mare Frigoris (“Mar do Frio”), no hemisfério norte do lado visível da Lua, quando os dados de telemetria foram interrompidos por volta das 16h17 (horário de Brasília) desta quinta-feira (5). A empresa ainda não confirmou se o pouso foi bem-sucedido ou se ocorreu uma colisão.
“No momento, ainda não conseguimos estabelecer comunicação com a RESILIENCE, mas os engenheiros da ispace em nosso Centro de Controle de Missão continuam trabalhando para contatar o módulo de pouso. Compartilharemos uma atualização com as informações mais recentes em um comunicado à imprensa nas próximas horas. Agradecemos a sua paciência e entre em contato conosco em breve”, divulgou a companhia horas após o ocorrido.
A trajetória da sonda
A trajetória da Resilience começou em janeiro deste ano, quando a SpaceX lançou um Falcon 9 carregando o módulo junto com a sonda privada Blue Ghost, da Firefly Aerospace. Ambas tinham o mesmo destino, mas a segunda pousou com sucesso em 2 de março.

Se o destino era o mesmo e o lançamento ocorreu no mesmo dia, por que a sonda da Firefly chegou antes? Diferentemente da Blue Ghost, a Resilience seguiu uma rota de “baixa transferência de energia” para alcançar a Lua, o que tornou a viagem mais demorada.
A sonda japonesa entrou na órbita lunar há quase um mês, em 6 de maio e pousaria nesta quinta-feira (5).
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Mais sobre a sonda Resilience
Ao todo, a nave Resilience levou cinco experimentos. Um deles, o pequeno robô Tenacious, foi projetado para coletar amostras lunares para a NASA. O módulo de pouso também transportou uma obra de arte chamada Moonhouse, criada pelo artista sueco Mikael Genberg.

Esta não é a primeira tentativa da empresa: em 2023, a missão Hakuto-R 1 falhou ao tentar pousar.