O preparo físico e emocional antes de uma nova gravidez é essencial para a saúde da mãe e do bebê/Shutterstock_Raushan_films
De acordo com dados da Associação Brasileira de Reprodução Assistida, o risco de aborto é de uma taxa de 15% nas gestações em mulheres com menos de 35 anos e tende a aumentar de acordo com o avanço da idade materna.
Felizmente, após passar por uma perda gestacional espontânea, é possível que a mulher faça novas tentativas de engravidar. Contudo, a medicina recomenda alguns cuidados para essa gravidez pós-aborto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que as mulheres aguardem ao menos seis meses antes de uma nova gestação, permitindo uma recuperação adequada.
No entanto, algumas mulheres esperam um pouco mais de tempo. Esse foi o caso da atriz e influenciadora, Rafa Kalimann, que esperou um período maior para a nova tentativa. Isso porque, recentemente, ela anunciou estar grávida após um ano de uma perda gestacional.
Sobretudo, além do prazo, médicos indicam algumas medidas preventivas para que a nova gravidez seja mais segura para o feto e para a mãe. Confira!
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O aborto espontâneo ocorre quando a gestação é interrompida involuntariamente antes da 20ª semana. Embora seja relativamente comum, pode causar sofrimento emocional significativo.
Diversos fatores aumentam o risco, incluindo condições médicas não controladas, como hipertensão e diabetes, além do tabagismo e uso de drogas. Outro fator condicionante a perda, como citamos inicialmente, é a idade materna avançada e histórico de abortos também podem influenciar.
Entre as complicações que podem ocorrer após um aborto espontâneo estão: sintomas como dor abdominal intensa, sangramento persistente ou febre. Dessa forma, é essencial buscar assistência médica imediatamente. Esses sinais podem indicar uma infecção grave que, se não tratada, pode comprometer a saúde e até mesmo ser fatal.
Essa infecção do útero que ocorre antes, durante ou logo após o aborto, pode ser desencadeada por fragmentos do feto ou da placenta que permanecem no organismo.
De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o intervalo para uma nova gestação pós-aborto é de pelo menos seis meses, esse seria um período ideal para que as mulheres tenham tempo de se recuperar.
No entanto, segundo um artigo da Biblioteca Virtual em Saúde, mulheres que passaram por uma perda gestacional e engravidam novamente em menos de 12 meses apresentam um risco mais elevado de desenvolver depressão pós-parto em comparação àquelas que esperam mais de um ano antes de uma nova gestação.
Por outro lado, um estudo norueguês publicado na revista científica PLoS Medicine que analisou 72 mil concepções indica que os casais podem iniciar tentativas de uma nova gravidez com segurança em um intervalo menor do que se pensava anteriormente. No entanto, os especialistas indicam que essa nova tentativa é indicada nos casos em que não exista nenhuma razão médica impeditiva.
Na conclusão, o estudo norueguês, que colheu dados de 2008 a 2016, não identificou diferenças significativas nos desfechos das gestações quando uma nova gravidez ocorria antes do período recomendado de seis meses. Portanto, esse desfecho contrasta com pesquisas anteriores que fundamentaram as diretrizes da OMS sobre o intervalo ideal entre gestações.
Sobretudo, em casos em que a mulher sofre pelo menos dois abortos consecutivos, os cuidados ao tentar uma nova gravidez são maiores. Sendo assim, recomenda-se a busca por orientações médicas. Que nessas condições podem indicar:
Além disso, o seu médico ainda pode solicitar mais exames para examinar as condições do seu útero, tais como ultrassom ou ressonância magnética.
Contudo, de uma forma geral, na maioria dos casos, a recomendação para quem deseja uma nova gravidez após uma perda gestacional, além de seguir o prazo recomendado da nova tentativa, é seguir alguns passos básicos, tais como:
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de junho de 2025 14:20