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Então quer dizer que você foi enganado esse tempo todo com a história de que a Terra e os demais planetas do Sistema Solar giram ao redor do Sol? Calma, isso não significa que as escolas estão ensinando errado.
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Na verdade, essa é uma forma de tentar facilitar o entendimento. O Universo é um pouco mais complicado, e a física que rege esses movimentos é cheia de detalhes fascinantes.
Quando você vê diagramas ou vídeos como este, mostrando os planetas girando em volta do Sol, eles estão “simplificando” uma coisa chamada baricentro. O baricentro é o ponto de equilíbrio do sistema formado por dois objetos que giram um em torno do outro. Ou seja, a Terra não orbita exatamente o centro do Sol, porque ele também se move – embora de maneira muito sutil.
Interação do Sol com os planetas é como uma dança
Pense no Sol e na Terra como dois indivíduos dançando juntos. Eles giram ao redor de um ponto entre eles, que pode estar mais perto de um ou de outro. O Sol é muito maior e mais pesado, mas a Terra também exerce uma força sobre ele. Essa interação faz com que ambos se movam em torno desse ponto de equilíbrio, o baricentro – o que é ilustrado no vídeo abaixo:
Segundo a NASA, todo o Sistema Solar funciona assim: o Sol, a Terra e os outros planetas giram em torno do baricentro do sistema, que é o centro de massa de todos os corpos juntos. Por isso, o Sol não fica parado no centro fixo do Sistema Solar, ele “dança” conforme é “puxado” pelos planetas em diferentes direções.
O gigante gasoso Júpiter tem um papel importante nisso. Ele é 318 vezes mais massivo que a Terra e, por isso, sua gravidade puxa o Sol de um jeito que o baricentro entre os dois fica fora da superfície da estrela. Isso significa que, em muitos momentos, o ponto em torno do qual o Sol gira está no espaço, e não dentro dele.
Leia mais:
- Terra pode ser ejetada do Sistema Solar no futuro?
- Como nasceu o Sistema Solar — e o papel de Júpiter na origem da Terra
- Sistema Solar pode ser arrastado por colisão entre galáxias
A Lua também não gira ao redor da Terra
Além disso, o mesmo fenômeno acontece com a Terra e a Lua. As duas não giram uma exatamente ao redor da outra, mas ao redor de um ponto que fica cerca de cinco mil quilômetros distante do centro da Terra. E esse ponto vai mudando conforme a Lua se afasta lentamente.
Esses detalhes podem parecer pequenos e até meio inúteis para quem não é cientista, mas são muito interessantes. Eles mostram que o Universo é mais complexo e surpreendente do que pensamos. O que aprendemos na escola é uma ótima base para entender os movimentos planetários, mas a física real por trás disso é cheia de nuances.
No fim das contas, nosso Sistema Solar é uma verdadeira dança cósmica, cheia de passos complexos que a ciência vai desvendando aos poucos – provando que o aprendizado nunca tem fim.
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