Montagem ilustra o telescópio Nancy Grace Roman no espaço. Imagem: Elliptic Studio / Shuttestock
Previsto para ser lançado até maio de 2027, o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, da NASA, promete inaugurar uma nova era na observação do cosmos.
De acordo com projeções recentes, o equipamento poderá identificar até 100 mil explosões cósmicas, como supernovas, quilonovas e eventos envolvendo buracos negros.
A missão faz parte do programa High-Latitude Time-Domain Survey, que analisará uma mesma região do espaço a cada cinco dias por dois anos, criando um verdadeiro “filme” da atividade cósmica em grande escala.
Roman vai encontrar muitas coisas estranhas e maravilhosas no espaço – incluindo algumas que ainda nem conseguimos imaginar.
Rebekah Hounsell, pesquisadora do Goddard Space Flight Center, da NASA
Segundo Space.com, o Telescópio Roman oferecerá uma cobertura ampla do céu com alta profundidade em luz infravermelha, o que permitirá observar eventos extremamente distantes e raros.
Entre os 100 mil fenômenos previstos, cerca de 60 mil devem ser supernovas por colapso de núcleo, marcando o fim de vida de estrelas massivas. Essas explosões dispersam elementos essenciais pela galáxia e podem dar origem a buracos negros ou estrelas de nêutrons.
Já as supernovas do tipo Ia, formadas por anãs brancas que consomem estrelas companheiras, são valiosas para medir a aceleração da expansão do Universo.
Ao observar milhares desses eventos em diferentes distâncias, o Roman poderá ajudar a entender se a energia escura está realmente enfraquecendo com o tempo – como sugerem dados recentes do instrumento DESI (Dark Energy Spectroscopic Instrument).
O Roman também poderá identificar cerca de 40 eventos de disrupção de maré – quando estrelas são engolidas por buracos negros – e até 5 quilonovas, explosões luminosas que ocorrem após a colisão de duas estrelas de nêutrons. Essas colisões são cruciais para explicar a origem de elementos pesados como o ouro e o plutônio.
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Entre os fenômenos mais aguardados está a possível detecção das chamadas supernovas de instabilidade de pares, que seriam as explosões finais das primeiras estrelas do Universo. Elas ainda não foram confirmadas, mas o telescópio Roman pode ser o primeiro a registrar evidências diretas desses eventos únicos.
Esta post foi modificado pela última vez em 20 de julho de 2025 12:36