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Muito além do aumento da temperatura média do planeta. Um novo estudo aponta que os efeitos das mudanças climáticas já estão atingindo até mesmo a alimentação da população, deixando diversos produtos mais caros.
O cenário representa riscos para a sociedade, uma vez que potencializa o problema da insegurança alimentar, já presente especialmente em países mais pobres. A solução, segundo os pesquisadores, é adotar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Exemplos de alimentos que ficaram mais caros
Os cientistas analisaram 16 alimentos em 18 países ao redor do mundo, inclusive o Brasil, onde os preços dispararam no curto prazo como resultado de calor extremo, seca ou precipitação intensa entre 2022 e 2024. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Environmental Research Letters.
Os preços do repolho na Coreia do Sul, por exemplo, aumentaram 70% em setembro passado em relação ao mesmo mês de 2023. A causa foi uma forte onda de calor registrada em agosto. Já o preço do azeite de oliva disparou 50% na Europa em janeiro de 2024 por conta de uma seca prolongada na Itália e na Espanha em 2022 e 2023. No México, por sua vez, a falta de chuvas elevou os preços de frutas e vegetais no mesmo período.
Outro produto que ficou mais caro foi o arroz, uma alta de 48% no Japão em razão das altas temperaturas em setembro do ano passado. Enquanto isso, o cacau subiu impressionantes 280% em abril do ano passado graças a uma onda de calor que atingiu Gana e Costa do Marfim, os principais produtores do alimento.
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- Mudanças climáticas devem deixar alimentos ainda mais caros
Aumento dos preços dos alimentos pode impactar a saúde
- De acordo com os responsáveis pelo trabalho, as mudanças climáticas tendem a deixar os alimentos saudáveis mais caros.
- Isso pode levar famílias de baixa renda a reduzir o consumo de produtos nutritivos, como frutas e vegetais.
- Além disso, uma pior alimentação aumenta as chances do desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2.
- Os pesquisadores ainda observaram que o cenário pode piorar a inflação geral, causando agitação política e social.
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