Imagem: Jacob Lund/Shutterstock
Um novo estudo internacional revelou que a adoção de uma semana de trabalho de quatro dias, sem redução salarial, trouxe melhorias significativas no bem-estar dos funcionários, incluindo menor incidência de burnout, melhor saúde mental e maior satisfação no trabalho.
Os efeitos foram mais pronunciados entre os trabalhadores que conseguiram reduzir mais substancialmente suas horas semanais.
Leia mais:
Entre os fatores que mais explicaram esses benefícios estão o aumento da capacidade de trabalho percebida, melhoria no sono e redução do cansaço.
Ainda assim, os pesquisadores destacam que a redução de horas por si só continuou sendo um dos principais preditores de bem-estar, indicando que mudanças organizacionais e motivação também podem estar envolvidas.
Apesar dos resultados positivos, o estudo possui limitações. As empresas participantes se voluntariaram para o experimento (não foram selecionadas aleatoriamente), a maioria era de pequeno porte e situada em países ricos de língua inglesa, e os dados de bem-estar foram autorrelatados.
Além disso, a observação durou apenas seis meses, o que limita a avaliação de impactos de longo prazo.
Mesmo assim, especialistas consideram a pesquisa um marco na área. O psicólogo clínico Dougal Sutherland, da Umbrella Wellbeing (Nova Zelândia), elogiou a robustez da metodologia e reforçou a importância do apoio organizacional para que a redução da jornada funcione na prática.
A experiência de diversos países — como Islândia, Reino Unido, Japão, Bélgica e Emirados Árabes — já indicava os benefícios da semana de quatro dias.
Este novo estudo reforça que a mudança pode ser viável e positiva, desde que acompanhada de reorganização interna e compromisso com o bem-estar dos trabalhadores.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de agosto de 2025 19:05