Um dos eventos astronômicos mais impressionantes do ano acontece neste domingo (7). Visível para mais da metade do planeta, o eclipse lunar total vai durar 3 horas, 29 minutos e 24 segundos, com pouco mais de 1h e 20 minutos de totalidade – quando ocorre a chamada “Lua de Sangue”. E você pode acompanhar tudo, ao vivo, com o Olhar Digital!
De acordo com o TimeAndDate, quem estiver na maior parte da Ásia, na faixa oriental da África e no oeste da Austrália poderá acompanhar o eclipse completo, do início ao fim, incluindo a tão esperada “Lua de Sangue”. Já observadores no restante do continente africano, em boa parte da Europa e em outras áreas da Austrália verão ao menos um trecho da parcialidade ou da totalidade.
Infelizmente, aqui no Brasil, não serão observadas nem a fase total nem a parcial. Apenas um pequeno trecho do nordeste terá acesso à fase penumbral do eclipse (que tem um escurecimento quase imperceptível da Lua). Como o evento começa às 13h27 (pelo horário de Brasília) e termina às 16h56, ou seja, em plena luz do dia, nem isso será possível ver.

Mas, não precisa se preocupar, pois o Olhar Digital vai transmitir imagens captadas em tempo real nos lugares onde o fenômeno será visível, para que você não perca nenhum detalhe.
A live começa às 14h (pelo horário de Brasília), em todas as nossas plataformas: no site, YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok – com apresentação e comentários de Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço do site, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.

O que é a “Lua de Sangue”
- Eclipses lunares só acontecem quando a Lua está na fase de cheia, passando parcial ou completamente pela sombra da Terra;
- Um eclipse lunar ocorre quando a sombra do planeta “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
- Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, projetando sua sombra sobre o nosso satélite natural;
- Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).
O apelido “Lua de Sangue” vem da cor avermelhada que ela adquire durante o eclipse total. Isso acontece porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera terrestre, é filtrada e desviada, deixando a sombra da Terra com um tom avermelhado que tinge a superfície lunar.

Cerca de 60% da população mundial poderá acompanhar o fenômeno por inteiro, enquanto até 87% terão a chance de ver pelo menos uma parte dele – desde que o céu esteja limpo. Este será o segundo e mais longo eclipse lunar de 2025. O primeiro ocorreu em março e foi visível principalmente no continente americano.
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Último eclipse de 2025 será solar
A “Lua de Sangue” é o terceiro dos quatro eclipses de 2025. O próximo será solar e ocorrerá ainda em setembro, dia 21, também sem visibilidade no Brasil. O eclipse será parcial e poderá ser visto apenas no sul da Austrália, nos oceanos Pacífico e Atlântico e na Antártida.
Sobre os eclipses solares:
- Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;
- Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;
- Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).