Eclipse solar parcial será visto no Brasil?

Depois de um eclipse lunar total, setembro traz um eclipse solar parcial, encerrando a temporada 2025 desses fenômenos espetaculares
Flavia Correia17/09/2025 09h00
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Imagem do eclipse solar parcial de março de 2025 capturada sobre a cratera vulcânica de Grábrók, na Islândia, onde grande parte do Sol ficou momentaneamente escondida atrás da Lua. Crédito: Wioleta Gorecka - via APOD NASA
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Vem aí o último eclipse de 2025 – ano que ficará marcado por quatro desses que estão entre os fenômenos astronômicos mais incríveis de se observar. A sequência começou com um lunar total, ocorrido em 14 de março, que foi visível no Brasil. Mas, será que o eclipse solar parcial que encerra a temporada também poderá ser visto por aqui?

Primeiro, vamos entender o que são eclipses. De um modo geral, eles acontecem quando a luz de um astro, própria ou recebida, é parcial ou totalmente bloqueada pela passagem de outro corpo celeste à sua frente. Os fenômenos que mais se destacam nessa categoria são os eclipses solares e lunares (mas também existem os trânsitos planetários, as ocultações estelares e outros).

Eclipse
Eclipse solar parcial em Maryland, EUA, em junho de 2021. Crédito: Jarvin Hernandez – Shutterstock

Sobre os eclipses solares:

  • Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;
  • Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;
  • Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).

Agora, quando à pergunta que não quer calar: vamos conseguir assistir ao eclipse solar parcial deste domingo (21) aqui no Brasil? Infelizmente, não de modo presencial – mas, graças à tecnologia, pelo menos pela internet.

Animação mostra um eclipse solar parcial (quando a sombra da Lua não cobre todo o disco do Sol). Crédito: Gifs.Eco.BR

Então, onde será?

E não é só a gente que vai ficar de fora dessa festa. Na verdade, o espetáculo terá um público muito “seleto”, composto por apenas 16,6 milhões de pessoas, o que corresponde a 0,20% da população mundial, terão essa oportunidade.

Isso porque, desta vez, a Lua “mordisca” o Sol apenas nos céus de uma faixa muito estreita do Sul do globo:

  • Na Antártica, algumas bases de pesquisa terão as melhores condições de observação. A Estação Mario Zucchelli verá 72% do Sol encoberto, a Estação McMurdo registrará 69%, e a plataforma de gelo Ross terá cerca de 65% de ocultação do astro. Já a Base Marambio terá apenas 5%, e a Península Antártica, mais a leste, verá uma cobertura de 12%.
  • Na Nova Zelândia, o eclipse começará ao nascer do Sol, com ele parcialmente coberto desde o início. Invercargill terá 72% do disco solar escondido, Christchurch 69%, Wellington 66% e Auckland 60%.
  • Na Austrália, o espetáculo será visível de uma faixa estreita ao longo da costa leste, incluindo locais como a Ilha Macquarie, que poderá observar quase 80% do Sol coberto. 
  • Algumas ilhas do Pacífico Sul também poderão acompanhar o eclipse, embora de forma mais discreta: Tonga, por exemplo, verá 32% de cobertura do Sol, Fiji 27%, Ilhas Cook 23% e Samoa 17%.
Mapa do eclipse solar parcial de setembro de 2025. Crédito: Time And Date

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Eclipse solar será mais tarde e mais longo que o anterior

Enquanto o evento de março foi no período da manhã (tomando como referência o fuso horário de Brasília), o de setembro será à tarde.

Naquela ocasião, o Sol começou a ser ocultado pela Lua às 5h50 e voltou a aparecer por completo às 9h43. Já desta vez, o eclipse começa às 14h29 e termina às 18h53.

Isso significa que o primeiro levou 3 horas e 53 minutos para ser concluído, com o segundo tendo 4 horas e 24 minutos de duração. Ou seja, o segundo eclipse solar parcial do ano será 31 minutos mais longo que o primeiro.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.