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Os tornados são conhecidos como alguns dos fenômenos atmosféricos mais intensos e destrutivos do planeta. Embora sejam mais comuns nos Estados Unidos, o Brasil também está entre os países com maior incidência, devido às condições climáticas favoráveis em determinadas regiões.
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Ao longo da história, diversos episódios deixaram marcas em cidades brasileiras, com perdas humanas, prejuízos materiais e impacto profundo nas comunidades atingidas.
Recentemente, o estado de Santa Catarina voltou a emitir alertas para a possibilidade de tornados, reforçando a importância da prevenção, do monitoramento meteorológico e da conscientização da população sobre como agir diante desse tipo de fenômeno extremo.
A seguir, explicamos o que é um tornado, como ele se forma, suas categorias, por que ocorre no Brasil e relembramos os principais registros no país.

É possível ocorrer um tornado no Brasil?
O que é um tornado?
Um tornado é uma coluna de ar em rotação poderosa que toca o solo e se conecta a nuvens, geralmente cumulonimbus. Seu formato costuma ser em forma de cone, com a ponta mais fina em contato com a superfície.
A maioria dos tornados registra ventos entre 65 e 180 km/h e possui diâmetro médio de 75 metros, mas os mais extremos podem ultrapassar 480 km/h, alcançar 1.500 metros de largura e percorrer distâncias superiores a 100 km.

Tipos e fenômenos semelhantes
Além do tornado clássico, existem outras variações e manifestações:
- Landspouts: tornados mais fracos, semelhantes a redemoinhos de poeira, geralmente sem a presença de supercélulas.
- Trombas d’água: formam-se sobre mares, rios ou lagos; podem ser perigosas para embarcações, embora muitas vezes se dissipem ao atingir terra firme.
- Tornados de múltiplos vórtices: apresentam mais de um funil girando em torno de um centro comum, o que pode intensificar os danos.
- Redemoinhos de poeira: fenômenos distintos, comuns em áreas áridas, geralmente de curta duração.
- Redemoinhos de fogo: surgem quando correntes de ar giratórias interagem com chamas em incêndios florestais, espalhando o fogo de forma perigosa.
Leia mais:
- É possível um furacão se formar no Brasil?
- Os 5 maiores e piores furacões da história
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Como um tornado se forma

Um tornado nasce a partir de tempestades muito intensas conhecidas como supercélulas. Elas surgem quando massas de ar quente e úmido colidem com ar frio e seco, criando forte instabilidade atmosférica.
Com a variação da velocidade e da direção do ar em diferentes altitudes, a corrente começa a girar horizontalmente dentro da nuvem. Quando essa rotação se inclina para a vertical, forma-se o mesociclone, uma poderosa coluna de ar em rotação.
A condensação da umidade dentro dessa corrente gera o funil típico das nuvens cumulonimbus. Quando esse funil toca o solo, ele se transforma em tornado.
Apesar de apenas uma pequena parte das supercélulas dar origem ao fenômeno, os tornados podem causar destruição em larga escala, principalmente em áreas planas e abertas.
Diferença entre tornados e furacões
Apesar de muitas vezes confundidos, os dois fenômenos são bem diferentes:
- Furacões: medem centenas de quilômetros, formam-se sobre oceanos, duram dias e perdem força rapidamente ao atingir o continente.
- Tornados: são menores, muito mais energéticos, com funis estreitos (raramente acima de 1 km) e duração média de 20 minutos.
Tornados no Brasil

O Brasil está inserido no chamado “corredor dos tornados da América do Sul”, que também abrange o Uruguai, o Paraguai, o norte da Argentina, o sul da Bolívia e a região centro-sul brasileira.
No país, algumas condições tornam o fenômeno possível: o relevo plano em várias áreas, a interação entre o ar frio e seco vindo dos Andes e a umidade da Amazônia, além da influência de rios e corpos d’água.
Uma pesquisa da Unicamp mostrou que, entre 1990 e 2010, ocorreram cerca de 205 registros de tornados no Brasil. O município de Itupeva, em São Paulo, aparece como o mais suscetível, com 36% de probabilidade de registrar pelo menos um evento por ano.
Registros históricos de tornados no Brasil
- Canoinhas (SC), 1948 – Tornado F3 deixou 23 mortos e marcou o início de uma série de eventos semelhantes na região.
- Itu (SP), 1991 – Tornado F4 matou 16 pessoas, feriu 200 e deixou 450 mil sem energia.
- Almirante Tamandaré (PR), 1992 – Tornado F3 matou 6 pessoas, deixou 1.700 desabrigados e destruiu quase 500 casas.
- Cruz Alta (RS), 2002 – Ventos destruíram 80% da cidade, felizmente sem mortes.
- Antônio Prado (RS), 2003 – Cinco mortes registradas.
- Palmital (SP), 2004 – Tornado F3 deixou 4 mortos e 25 feridos.
- Indaiatuba (SP), 2005 – Tornado multivórtice causou R$ 100 milhões em prejuízos.
- Coração de Maria (BA), 2008 – Tornado destelhou 70% das casas da cidade.
- Guaraciaba (SC), 2009 – Tornado F4 causou mortes e destruição extrema.
- Gramado e Canela (RS), 2010 – Tornado F2 feriu 10 pessoas e destruiu 480 casas.
- Taquarituba (SP), 2013 – Tornado F3 deixou 2 mortos e 64 feridos.
- Porto Murtinho (MS), 2014 – Tornado provocou naufrágio com 11 mortos.
- Brasília (DF), 2014 – Tornado F0 foi o primeiro registro oficial na capital, com ventos de 95 km/h.
- Xanxerê (SC), 2015 – Tornado F2/F3 deixou 3 mortos e devastou 30% da cidade.
- Marechal Cândido Rondon (PR), 2015 – Tornado F2 destruiu mais de mil residências e deixou dezenas de feridos.