Segundo maior diamante do mundo atiça mercado de luxo

Segundo maior diamante já encontrado está em análise e logo terá seu preço revelado; empresa diz ter interessados em todo o globo
Por Samuel Amaral, editado por Flavia Correia 23/09/2025 20h45
Motswedi-diamante-1920x1080
Diamante Motswedi, descoberto em 2024 na mina de Karowe, em Botsuana, na África, tem 2.488 quilates e pesa cerca de meio quilo. Crédito: CNW Group/Lucara Diamond Corp.
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Descoberto em uma prolífera fonte africana de pedras preciosas, o segundo maior diamante do logo poderá ter um comprador ou ir parar em um museu. A HB Antwerp, empresa que tem a posse da pedra no momento, está analisando o material para precificá-lo.

Nomeado de Motswedi, esse diamante foi descoberto em 2024, na mina de Karowe, no nordeste de Botsuana, na África – conhecida como a maior produtora de diamantes do continente. Com, 2.488 quilates e pesando cerca de meio quilo, a pedra agora está na Antuérpia, Bélgica, onde aguarda precificação para ter seu destino definido.

Diamante Motswedi, de 2.488 quilates e cerca de meio quilo, é o segundo maior já descoberto no mundo. Crédito: CNW Group/Lucara Diamond Corp.

A área de mineração é propriedade da companhia canadense Lucara, que tem parceria com a HB Antwerp para processar e comercializar as pedras acima de 10,8 quilates. A equipe belga primeiro inspeciona o cristal para depois polir e precificar.

“No momento, é muito difícil dar um preço a ela. Primeiro, precisamos inspecionar a pedra e ver o que podemos extrair dela em forma polida” disse Margaux Donckier, diretora de relações públicas da HB Antwerp, em entrevista à AFP.

Segundo e terceiro maiores diamantes do mundo estão na mesma coleção

Motswedi faz parte de uma coleção de quatro gemas, onde está incluso o terceiro maior diamante do mundo, também descoberto em Karowe neste ano. Segundo a empresa, o conjunto todo pode valer cerca de US$100 milhões (R$529 milhões na cotação atual).

Donckier relatou que a pedra já tem interessados em todo o globo. A empresa considera que os cristais podem acabar em um museu ou na coleção de um sheik.

Antes do Motswedi, o segundo maior diamante do mundo era o Sewelô, encontrado em abril de 2019, que foi comprado pela Louis Vuitton no ano seguinte. Crédito: CNW Group/Lucara Diamond Corp.

Leia mais:

Antes de Motswedi, o maior diamante encontrado em Botsuana era o Sewelô de 1.758 quilates, que significa “descoberta rara” em língua tsuana. Extraído em 2019 também pela Lucara, ele foi compado pela empresa francesa Louis Vuitton em 2020 por um preço não revelado.

O maior diamante do mundo, conhecido como a Estrela da África. O superintendente da Mina Premier, na África do Sul, o encontrou por acidente em 1905, ao avistar um objeto brilhante na parede rochosa da área de mineração. (Imagem: Plate I, The Cullinan (1908) / Wikimedia Commons)

Embora os dois maiores diamantes do mundo tenham surgido na última década, o recorde é do Cullinan, encontrado há 120 anos, em 1905, na África do Sul. Esse diamante tinha impressionantes 3.106 quilates. Lapidadores o dividiram em 105 gemas menores, das quais duas passaram a compor a coroa britânica e hoje estão em exibição na Torre de Londres, no Reino Unido.

Samuel Amaral
Redator(a)

Samuel Amaral é jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (USP) e estagiário de Ciência e Espaço no Olhar Digital.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.