Shein vai abrir suas primeiras lojas físicas – e já está causando polêmica

Decisão gerou críticas de outras lojas de departamento
Vitoria Lopes Gomez06/10/2025 16h38
shein
(Imagem: PhotoGranary02/Shutterstock)
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A Shein, que até agora só vendia produtos online, planeja abrir suas primeiras lojas físicas em novembro. As unidades ficarão na França e esperam atrair um público diverso.

A decisão da varejista, porém, trouxe críticas da prefeita de Paris e de lojas de departamento francesas.

Shein via SOPA Images/GettyImages
Shein já teve lojas temporárias antes, mas nenhuma fixa (Imagem: SOPA Images/GettyImages)

Lojas físicas na França serão as primeiras da Shein no mundo

A Shein já teve lojas físicas temporárias antes (como em Nova York, nos Estados Unidos), mas as unidades na França serão as primeiras lojas ‘fixas’. O plano da varejista é se instalar em Dijon, Grenoble, Reims, Limoges e Angers.

A abertura das lojas deve acontecer em novembro deste ano, em parceria com a imobiliária Société des Grands Magasins (SGM), que opera outras lojas de departamento e a franquia de lojas da Galeries Lafayette.

Segundo a agência Reuters, o presidente da SGM, Frédéric Merlin, afirmou que o lançamento atrairia uma clientela mais jovem e que um cliente poderia comprar um item da Shein e uma bolsa de grife no mesmo dia.

Ícones dos aplicativos da Temu e Shein em tela inicial de iPhone
Lojas de fast fashion, como Shein e Temu, enfrentam legislação e impostos na França (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Shein enfrenta polêmicas na França

  • O anúncio da abertura das lojas vem em um momento em que França está trabalhando para ter uma legislação para regulamentar a indústria fast fashion;
  • Inclusive, há alguns meses, o Senado francês aprovou um imposto para empresas deste tipo (incluindo Shein e Temu) com base no impacto ambiental;
  • Além disso, a Shein foi recentemente multada US$ 176 milhões na França por alegações de que coletou dados de usuários sem consentimento.
Expectativa é que as lojas abram ainda este ano (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

Decisão foi criticada

A Galeries Lafayette, também operada pela SGM, declarou à Reuters que “discorda profundamente” da abertura das lojas físicas da Shein, dizendo que o “posicionamento e as práticas” da empresa contradizem a “oferta e os valores” da rede. A Galeries Lafayette também afirmou que a decisão viola o contrato com a SGM.

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A prefeita de Paris, Anne Higaldo, também se mostrou contrária às lojas da Shein em território francês. Segundo ela, em declaração no LinkedIn, a “escolha é contrária às ambições ecológicas e sociais de Paris, que apoia o comércio local responsável e sustentável”.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

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