À medida que a inteligência artificial se torna mais presente na vida cotidiana, cresce também o desconforto com a tecnologia.
Uma pesquisa recente da Pew Research mostra que metade dos adultos americanos sente mais preocupação do que empolgação com o avanço da IA — um salto expressivo em relação a 2022, antes do lançamento do ChatGPT.
Outras sondagens da Pew indicam que a desconfiança também atinge o uso da IA em buscas na web e no ambiente de trabalho.

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Impacto ético e social no centro do debate
Especialistas afirmam que esse pessimismo reflete um conflito entre a vontade de aproveitar os benefícios da IA e o medo de suas falhas, impactos éticos e efeitos sobre a humanidade.
A pesquisadora Eileen Yam, da Pew, observa que muitos associam a IA à perda de habilidades e vínculos humanos, enquanto os otimistas destacam ganhos de eficiência e produtividade.

Imposição da tecnologia gera desconforto
- A crescente polarização entre “entusiastas” e “céticos” da IA também se deve à frustração com promessas exageradas das big techs.
- Muitos usuários se decepcionam com assistentes que erram, exigem ajustes ou são impostos sem consentimento — inclusive em ferramentas de trabalho, e-mails e buscas online.
- Para analistas como Katie Harbath e Gabriel Weinberg, o debate sobre IA precisa de mais transparência, limites claros e empatia: as pessoas querem poder escolher como e quando usar a tecnologia, não apenas aceitá-la passivamente.
