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Determinar sexo e idade de esqueletos é um dos maiores desafios da arqueologia e da ciência forense. Quando os ossos são descobertos, eles se tornam uma espécie de arquivo biológico no qual a estrutura óssea revela pistas sobre quem foi aquela pessoa, quantos anos viveu e até como morreu. Embora pareça algo saído de um filme policial, a metodologia é técnica, minuciosa e baseada em décadas de pesquisa comparativa.
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Essas descobertas ajudam a reconstruir histórias individuais e coletivas. Saber o sexo e a idade de esqueletos, por exemplo, é essencial para identificar vítimas de desastres, entender padrões de saúde de civilizações antigas ou mesmo solucionar crimes modernos. Por isso, entenda como os pesquisadores fazem isso e o quão preciso, ou limitado, pode ser o processo.
Como pesquisadores descobrem sexo e idade de esqueletos?

A principal pista está nos ossos pélvicos e cranianos, que concentram as diferenças biológicas entre homens e mulheres. A pelve é considerada o osso mais informativo, pois ela permite uma precisão de até 95% na identificação do sexo.
Mulheres tendem a ter arcos púbicos mais largos e cavidades maiores para o parto, enquanto homens apresentam estruturas mais estreitas e ossos púbicos mais altos. Quando a pelve está danificada, os cientistas analisam o crânio, mandíbula, fêmur e tíbia, usando fórmulas matemáticas baseadas em médias populacionais.
A idade, no entanto, é estimada pela fusão das epífises ósseas (nas extremidades dos ossos longos) em jovens e pela degeneração natural dos ossos e dentes em adultos. Os pesquisadores também observam o desgaste da articulação entre o quadril e o fêmur e a textura do osso ilíaco. Ainda assim, mesmo com técnicas avançadas, há sempre margem de erro, que pode variar de 5% a 20%, dependendo do estado de conservação e do contexto biológico do indivíduo.
Com o avanço da biotecnologia, o DNA antigo se tornou uma ferramenta essencial. A análise genética, quando possível, oferece precisão de até 99% na identificação do sexo, através da verificação de marcadores cromossômicos e genes ligados à produção de esmalte dentário. No entanto, o DNA se degrada com o tempo, o que nem sempre permite resultados conclusivos em esqueletos muito antigos.
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E nos animais?

O processo para se descobrir sexo e idade de esqueletos de animais é semelhante, porém, mais limitado. Em espécies com diferenças corporais evidentes, como chifres em cervos ou estruturas cranianas em felinos, a distinção é relativamente simples.
Já em animais sem dimorfismo acentuado, a análise se apoia em medidas ósseas, comparação entre esqueletos de referência e testes genéticos. Em muitos casos, a margem de erro é maior que nos humanos, principalmente quando o esqueleto está fragmentado.
O esqueleto mais antigo já encontrado da linhagem humana é o de Ardi (Ardipithecus ramidus), descoberto em 1994 na Etiópia e datado de cerca de 4,4 milhões de anos. Ardi não era um Homo sapiens, mas um ancestral distante que ajuda a entender a transição dos primatas quadrúpedes para os primeiros hominídeos bípedes. Outro que devemos considerar é Omo I, também encontrado na Etiópia, com aproximadamente 233 mil anos, considerado o registro mais antigo conhecido da nossa própria espécie (Homo sapiens).