O que esperar da IA em 2026? Empresas e especialistas respondem

Líderes acreditam que levará de 3 a 4 anos para se construir a infraestrutura global de data center necessária para atender a demanda por IA
Bruna Barone05/11/2025 03h48
IA
46% concordam em parte que robôs humanoides podem trazer diversão ao ambiente de trabalho (Imagem: frank60/Shutterstock)
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A adoção de serviços com inteligência artificial pelos consumidores deve atingir um nível recorde no ano que vem, na opinião de pesquisadores, desenvolvedores, instituições financeiras, empresas de mídia e representantes das áreas de educação, saúde e energia consultados pelo IEEE (Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos).

60% preveem adoção em massa da IA agêntica pelo consumidor em 2026; 52% destacam o uso de gerenciadores de privacidade digital e 50% o uso de IA agêntica para gerência de contas ou assinaturas. Os dados estão no estudo “O Impacto da Tecnologia em 2026 e Além: um Estudo Global do IEEE”, que consultou mais de 1.000 líderes globais de tecnologia do Brasil, China, Índia, Japão, Reino Unido e EUA.

consumo IA
60% preveem adoção em massa da IA agêntica pelo consumidor em 2026 (Imagem: Peshkova/iStock)

IA estrutural

  • Sobre os desafios da IA em 2026, privacidade e segurança de dados seguem na liderança com 48%, seguido pelo uso de IA para furar proteções de segurança cibernética (12%) e Resistência e desconfiança social (12%);
  • Sobre IA generativa, 46% apontam que a IA continuará integrada em todas as operações de suas empresas e 36% que a IA generativa continuará a ser uma parte regular do seu trabalho, agregando valor;
  • 58% afirmam que o uso da IA agêntica para analisar grandes quantidades de dados crescerá em 2026, ao mesmo tempo em que estimulará um aumento na contratação de analistas de dados – para analisar a precisão dos resultados, transparência e vulnerabilidades;
  • 46% acreditam que levará de 3 a 4 anos para se construir a infraestrutura global de data center necessária para atender ao crescente desenvolvimento e à demanda por IA;
  • 74% apontaram que o uso de realidade estendida (XR) e tecnologia de gêmeos digitais para simulações virtuais para projetar, desenvolver e testar com mais eficiência protótipos de produtos e processos de fabricação será muito importante em 2026.
Exemplo de data center
58% afirmam que o uso da IA agêntica para analisar grandes quantidades de dados crescerá em 2026 (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

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No ambiente de trabalho…

Entrevistados apontam três principais habilidades que procuram em candidatos que planejam contratar para funções relacionadas à IA em 2026: 58% deles procuram profissionais com Habilidades de análise de dados, 54% procuram por candidatos com Habilidades de práticas éticas de IA, e 32% por profissionais com habilidades de modelagem de dados, incluindo processamento;

Participantes da pesquisa afirmam que as três principais preocupações com o uso de IA generativa e agêntica em suas organizações são: dependência excessiva de IA e potenciais imprecisões (54%), exposição de dados internos (52%) e na proteção da propriedade intelectual de ser cooptada (44%); 50% acreditam que de 26-50% dos empregos serão ampliados por software baseado em IA em 2026;

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Empresários temem dependência excessiva de IA e potenciais imprecisões (Imagem: vetkit/iStock)

46% concordam em parte que robôs humanoides podem trazer diversão ao ambiente de trabalho, mas com o tempo poderão se tornar colegas de trabalho comuns. 40% concordam parcialmente que sua empresa planeja implantar robôs humanoides em 2026.

No entanto, o avanço da IA agêntica não ficará restrito ao mundo dos negócios. Os participantes da pesquisa acreditam que, em 2026, a adoção em massa ou quase em massa da IA agêntica pelos consumidores ocorrerá para os seguintes usos:

  • 52%: Assistente pessoal, organizador de agenda, gerenciador de calendário familiar
  • 45%: Gerente de privacidade de dados
  • 41%: Monitor de saúde
  • 41%: Automatizador de tarefas e afazeres (por exemplo, pedidos de supermercado)
  • 36%: Curador de notícias e informações
Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.