Novo avanço pode deixar robôs mais perto de pensarem como humanos

Tecnologia inédita imita múltiplas áreas do córtex e abre caminho para máquinas capazes de perceber, aprender e agir como seres vivos
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Layse Ventura 21/11/2025 06h00
robos humanos
Imagem: Who is Danny/Shutterstock
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Robôs que percebem o mundo e reagem com a flexibilidade de um ser humano podem estar mais próximos da realidade.

Um grupo internacional de pesquisadores liderado pela Universidade de Loughborough desenvolveu um neurônio artificial capaz de replicar diferentes funções do cérebro – algo que até então exigia milhares de unidades dedicadas.

Dispositivo único alterna entre funções visuais, motoras e cognitivas, reduzindo drasticamente o uso de energia e aproximando hardware da lógica biológica – Imagem: Universidade de Loughborough

Um único chip, várias funções do cérebro

  • Batizado de “transneurônio”, o dispositivo consegue alternar entre padrões neurais associados à visão, ao planejamento e ao movimento.
  • Em testes, o chip reproduziu com 70% a 100% de precisão os mesmos pulsos elétricos registrados em células cerebrais reais de macacos rhesus.
  • Essa flexibilidade é possível graças ao uso de memristores – componentes em nanoescala que mudam fisicamente conforme a eletricidade flui.
  • Isso permite que o chip “lembre” estímulos anteriores e ajuste sua resposta, semelhante ao aprendizado biológico.
  • Segundo os pesquisadores, essa abordagem pode inaugurar sistemas eletrônicos capazes de executar tarefas complexas consumindo pouca energia, aproximando a computação da lógica cerebral.
  • O estudo foi publicado na revista Nature Communications.
Chip replicou padrões cerebrais reais com até 100% de precisão e promete transformar desde próteses neurais até robótica avançada – Imagem: Universidade de Loughborough

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Rumo a robôs com sistema nervoso artificial

A equipe agora mira um “córtex em um chip”, conectando vários transneurônios para permitir aprendizado contínuo, adaptação e controle refinado de ações.

A tecnologia também pode ajudar neurocientistas a compreender como regiões cerebrais se comunicam, e até inspirar futuras interfaces capazes de conversar diretamente com o sistema nervoso humano.

Para os pesquisadores, trata-se de um passo inicial, mas decisivo, rumo a máquinas capazes de pensar e responder de maneira mais viva e natural.

Ilustração de dois neurônios rodeados por códigos binários
Novo chip imita áreas inteiras do cérebro humano (Imagem: Robsonphoto/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.