Usar o micro-ondas realmente faz mal à saúde?

Micro-ondas faz mal ou é só medo antigo? Veja como ele funciona, o que muda nos nutrientes e quais cuidados tornam o uso totalmente seguro
Por Roberta Patriota, editado por Layse Ventura 10/12/2025 12h30
Usar o Micro-Ondas realmente faz mal à saúde?
Toda forma de cozimento provoca algum nível de alteração nutricional, seja no fogão, forno convencional ou vapor
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O forno de micro-ondas faz parte da rotina de muitas casas e, com isso, surgem dúvidas sobre seus impactos na saúde, desde comentários de que altera a qualidade dos alimentos até suspeitas sobre radiação, ao mesmo tempo em que é visto como um aliado pela praticidade, especialmente para quem dispõe de pouco tempo para cozinhar.

  • Micro-ondas usa radiação não ionizante, segura dentro dos limites normais.
  • O alimento não se torna radioativo.
  • Pode preservar mais nutrientes por usar menos água e menos tempo.
  • Riscos reais vêm do uso incorreto: recipientes inadequados, superaquecimento, má vedação etc.
  • O aparelho é seguro quando usado conforme orientação.

Micro-ondas faz mal para a saúde?

A pergunta sobre se o micro-ondas faz mal para a saúde costuma aparecer sempre que surgem notícias sobre radiação ou mudanças nos nutrientes dos alimentos. As micro-ondas usadas nesses fornos são radiações não ionizantes, diferentes das de exames como raio-x, e não têm energia suficiente para alterar o DNA dentro dos limites seguros.

Estudos indicam que, quando o forno está em boas condições e é usado corretamente, a radiação que escapa fica muito abaixo dos limites considerados seguros. A porta possui camadas de proteção e uma tela metálica que impede a passagem significativa das ondas, e o alimento não se torna “radioativo” após o aquecimento.

O forno de micro-ondas altera os nutrientes dos alimentos?

Toda forma de cozimento provoca algum nível de alteração nutricional, seja no fogão, forno convencional ou vapor. Em geral, o que mais interfere na qualidade nutricional é o tempo de aquecimento e a quantidade de água utilizada, e não apenas o tipo de equipamento usado.

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No caso do forno de micro-ondas, o tempo de preparo costuma ser menor, o que pode ajudar a preservar nutrientes sensíveis ao calor, como vitaminas do complexo B e vitamina C. Quando o alimento é aquecido com pouca água, as perdas por dissolução tendem a ser menores e o resultado nutricional pode ser comparável ou até melhor que outros métodos.

Usar o Micro-Ondas realmente faz mal à saúde?
Toda forma de cozimento provoca algum nível de alteração nutricional, seja no fogão, forno convencional ou vapor

Quais cuidados deixam o uso do micro-ondas mais seguro?

Parte das dúvidas sobre se o micro-ondas é prejudicial está ligada ao uso de recipientes inadequados, ao superaquecimento de líquidos e à manutenção do equipamento. Embora o funcionamento seja regulado, o uso incorreto pode gerar queimaduras, contaminações e danos ao aparelho, exigindo atenção a orientações práticas de segurança.

Esses cuidados ajudam a reduzir riscos associados não ao princípio do micro-ondas, mas ao manuseio cotidiano do equipamento:

  • Escolha correta das embalagens: use apenas recipientes com indicação “próprio para micro-ondas”.
  • Cuidado com líquidos: evite aquecer água ou bebidas por tempo excessivo para não causar superaquecimento.
  • Higiene e manutenção: mantenha o interior limpo e verifique se a porta fecha bem e a vedação não está danificada.
  • Distância adequada: não encoste o rosto diretamente no vidro durante o funcionamento do aparelho.
Usar o Micro-Ondas realmente faz mal à saúde?
Toda forma de cozimento provoca algum nível de alteração nutricional, seja no fogão, forno convencional ou vapor

Como avaliar o impacto do micro-ondas no dia a dia?

A discussão sobre se o micro-ondas faz mal envolve mitos antigos, informações desatualizadas e preocupações legítimas com alimentação equilibrada. Dentro dos padrões atuais de fabricação e normas de segurança, o aparelho é considerado seguro para uso doméstico quando operado corretamente.

Do ponto de vista nutricional, o impacto depende dos tipos de alimentos, do tempo de preparo, do uso de água e dos recipientes adequados. Refeições muito industrializadas podem ter alto teor de sódio e gorduras, independentemente do método de aquecimento, reforçando que o mais importante é a qualidade da alimentação e o uso consciente do equipamento.

Colaboração para o Olhar Digital

Roberta Patriota é colaborador no Olhar Digital

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.