Segredo da longevidade: ciência apoia dica do ator Dick Van Dyke para viver 100 anos

Estudos mostram que controlar a raiva e cultivar o otimismo pode ser um segredo da longevidade para conseguir viver 100 anos
Por Maurício Thomaz, editado por Layse Ventura 13/12/2025 06h30
Pesquisas revelam o possível segredo para viver 100 anos apontado por Dick Van Dyke
Pesquisas revelam o possível segredo para viver 100 anos apontado por Dick Van Dyke (Imagem: Kathy Hutchins / Shutterstock)
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Prestes a completar 100 anos, o ator Dick Van Dyke atribui sua longevidade a um hábito simples: manter uma visão positiva da vida e evitar ficar com raiva. Embora viver mais dependa também de fatores genéticos e de estilo de vida, pesquisas científicas apontam que a estratégia mencionada pelo artista pode, de fato, estar ligada ao chamado segredo para viver 100 anos. As informações são da Science Alert.

Diversos estudos mostram que emoções positivas, baixos níveis de estresse e controle da raiva estão associados a maior expectativa de vida. Evidências compiladas ao longo de décadas ajudam a explicar por que o otimismo pode ter impacto direto na saúde física.

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Baixos níveis de estresse e controle da raiva estão associados a maior expectativa de vida (Imagem: fizkes/Shutterstock)

O impacto das emoções positivas na longevidade

Uma das pesquisas mais conhecidas acompanhou 678 freiras desde a década de 1930. Ao analisar autobiografias escritas quando tinham cerca de 22 anos, pesquisadores observaram que aquelas que expressaram mais gratidão e emoções positivas viveram, em média, dez anos a mais do que as colegas com textos mais negativos.

Outros estudos reforçam essa relação:

  • Pessoas otimistas tendem a ter maior longevidade e viver entre 11% e 15% mais;
  • Mulheres mais otimistas tinham maior probabilidade de chegar aos 90 anos;
  • Emoções positivas se relacionam a menor risco de doenças cardiovasculares.

A explicação está no efeito da raiva e do estresse no corpo. Explosões de irritação liberam adrenalina e cortisol, hormônios que, quando ativados repetidamente, podem deteriorar a saúde cardíaca e aumentar o risco de doenças como AVC, diabetes tipo 2 e problemas cardíacos — causas de cerca de 75% das mortes prematuras.

Explosões de irritação liberam adrenalina e cortisol, hormônios que, quando ativados repetidamente, podem deteriorar a saúde cardíaca (Imagem: Krievietka/Shutterstock)

Telômeros, envelhecimento e como controlar a raiva ajuda

A ciência também aponta um mecanismo biológico: os telômeros. Presentes nas extremidades dos cromossomos, eles protegem o material genético. Com o tempo, esses “capuzes protetores” encurtam, acelerando o envelhecimento celular.

O estresse acelera esse desgaste, enquanto práticas como meditação — que reduzem a ativação do sistema de estresse — estão associadas a telômeros mais longos, ou seja, maior longevidade.

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Segundo especialistas, controlar a raiva com técnicas de respiração, pausas e exercícios de relaxamento é mais eficaz do que métodos explosivos, como gritar ou socar objetos. A intenção é reduzir o estímulo cardiovascular, contribuindo para a saúde de longo prazo e uma maior longevidade.

Além disso, pessoas otimistas tendem a adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e exercícios regulares. O próprio Van Dyke afirma manter uma rotina de treinos ao menos três vezes por semana.

Pessoas otimistas tendem a adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e exercícios regulares (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)
Maurício Thomaz
Colaboração para o Olhar Digital

Jornalista com mais de 13 anos de experiência, tenho faro pela audiência e verdadeira paixão em buscar alternativas mais assertivas para a entrega do conteúdo ao usuário.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.