As 10 melhores séries de ficção cientifica, segundo a crítica

As 10 melhores séries sci-fi segundo a crítica, reunindo clássicos e produções modernas que marcaram a ficção científica na TV
Por Danilo Oliveira, editado por Layse Ventura 14/12/2025 19h20
Spock, de Star Trek
Spock, de Star Trek (Imagem: Paramount+/Divulgação)
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O universo da ficção científica sempre foi terreno fértil para explorar tecnologia, dilemas éticos, futuros distópicos e mistérios que desafiam a lógica. Em meio a tantas produções disponíveis, algumas obras se destacam por impacto cultural, relevância narrativa e reconhecimento da crítica especializada. Nesta lista, reunimos as 10 melhores séries sci-fi segundo avaliações de especialistas.

Se você gosta de tramas cheias de mistério, debates sobre a natureza humana, viagens interdimensionais ou alegorias tecnológicas, esta seleção vai direto ao ponto: as produções que moldaram (e ainda moldam) o gênero sci-fi no audiovisual.

Vale lembrar, que essa lista foi elaborada levando em conta a opinião da crítica especializada em site de agregadores de notas como o Rotten Tomatoes, não sendo necessariamente uma lista definitiva.

10 melhores séries de ficção cientifica

Fringe

Fringe é uma das séries mais cultuadas da ficção científica moderna. Criada por J.J. Abrams, Alex Kurtzman e Roberto Orci, a produção mistura investigação policial com teorias científicas ousadas, universos paralelos e experimentos que desafiam a física.

A crítica elogia Fringe principalmente pela capacidade de equilibrar casos episódicos com uma mitologia rica e emocional, conduzida pelas atuações marcantes de Anna Torv, Joshua Jackson e John Noble. O desenvolvimento do “Universo Alternativo” é frequentemente citado como um dos melhores arcos já criados para TV no gênero sci-fi.

A série se destaca por entregar ciência especulativa com propósito narrativo, tramas complexas que se encaixam com precisão ao longo das temporadas e uma abordagem madura sobre identidade, destino e consequências do avanço científico.

The Expanse

“The Expanse” (2015 – 2022) / Crédito: Amazon Prime Video (divulgação)

The Expanse é apontada por muitos críticos como a produção de ficção científica mais tecnicamente precisa da TV moderna. Baseada nos livros de James S.A. Corey, a série apresenta um futuro em que a humanidade colonizou o Sistema Solar, mas vive às portas de uma guerra entre Terra, Marte e o Cinturão.

O realismo científico, o cuidado com política interestelar e a construção de um futuro plausível são os principais motivos do prestígio da série. Críticos destacam também a coragem do roteiro em lidar com imperialismo, manipulação governamental, desigualdade social e tensões geopolíticas, tudo envolto em uma narrativa sci-fi pulsante.

Com efeitos visuais de alta qualidade e profundidade temática, The Expanse conquistou um lugar entre as melhores séries sci-fi da última década e possivelmente uma das mais importantes já produzidas.

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Black Mirror

(Imagem: Netflix)

A antologia criada por Charlie Brooker já nasceu com a proposta de provocar desconforto. Black Mirror usa a tecnologia como espelho distorcido da sociedade contemporânea, transformando dilemas modernos em distopias perturbadoras.

A crítica reconhece a série como uma das obras mais impactantes do século, capaz de condensar debates sobre vigilância, privacidade, redes sociais, biohacking, IA e consumismo em episódios independentes. Títulos como San Junipero, Nosedive e White Bear se tornaram referência global.

Mesmo com oscilações nas temporadas mais recentes, o conjunto da obra consolidou Black Mirror como um marco cultural que transcende o gênero. É uma série que redefine limites e faz o espectador refletir sobre o futuro e sobre o presente.

Westworld

Rodrigo Santoro caracterizado como Hector Escaton em Westworld, vestindo roupa de couro preta e chapéu de cowboy, com um rifle preso às costas. Ao fundo, um cenário de velho oeste com cavalos e construções de madeira.
HBO/Divulgação

Inspirada no filme de 1973, Westworld explora consciência artificial, livre-arbítrio e os limites da experimentação tecnológica. Criada por Jonathan Nolan e Lisa Joy, a série mistura filosofia, design futurista e uma estrutura narrativa cheia de quebras e camadas.

A crítica reconhece Westworld como uma das produções mais ambiciosas da HBO, especialmente pela discussão profunda sobre o que significa ser humano. As primeiras temporadas se destacam pela narrativa sofisticada, uso inteligente de loops temporais e metáforas sobre exploração e dominação.

Apesar de decisões controversas no fim da série, Westworld permanece como um marco moderno da ficção científica graças à construção de personagens complexos, visual impecável e questionamentos que continuam relevantes, principalmente no contexto atual de IA generativa.

Lost

Cartaz oficial de Lost.
Cartaz oficial de Lost. Imagem: Divulgação: ABC

Embora seja lembrada pela mistura de gêneros, Lost carrega elementos fortes de ficção científica, especialmente do meio para o final da série. A produção marcou época ao combinar mistério, suspense e questões sobre viagem no tempo, energia eletromagnética e experimentos científicos conduzidos pela Dharma Initiative.

A crítica destaca Lost como uma das séries mais influentes dos anos 2000, tanto pela narrativa inovadora quanto pelo impacto cultural. Mesmo com debates sobre o final, a série é celebrada pela habilidade de construir personagens profundos e tramas abertas à interpretação.

Lost ajudou a pavimentar o caminho para produções mais ambiciosas no streaming, consolidando sua presença entre as melhores séries sci-fi segundo muitos especialistas.

Star Trek (Jornada nas Estrelas – Série Original)

A série original de 1966 é um pilar absoluto da ficção científica. Criada por Gene Roddenberry, Star Trek introduziu conceitos que, décadas depois, inspirariam tecnologias reais, de tablets e comunicadores à própria lógica de viagens espaciais.

A crítica reconhece Star Trek como revolucionária: uma produção com visão otimista do futuro, diversidade em plena década de 60 e debates filosóficos, sociais e éticos que continuam atuais. Episódios como The City on the Edge of Forever são considerados obras-primas do gênero.

Além da influência cultural, a série definiu a narrativa de exploração espacial e consolidou valores que moldaram gerações de fãs e criadores.

Star Trek: A Nova Geração (Star Trek: The Next Generation)

Se a série original plantou as sementes, The Next Generation elevou Star Trek a um novo patamar. Com Patrick Stewart no papel do capitão Jean-Luc Picard, a série ampliou o universo, aprofundou questões políticas e filosóficas e trouxe debates sofisticados sobre inteligência artificial, diplomacia e moralidade.

A crítica aponta TNG como uma das melhores séries de ficção científica já criadas, com episódios icônicos como The Measure of a Man, que discute direitos das IAs, e The Best of Both Worlds, considerado um dos grandes momentos da TV.

Além do impacto crítico, TNG ajudou a modernizar Star Trek, tornando-a ainda mais relevante para gerações seguintes.

Arquivo X (The X-Files)

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(Imagem: Disney+/Divulgação)

Arquivo X é praticamente sinônimo de “série de mistério dos anos 90”. Criada por Chris Carter, a produção mistura ficção científica, paranóia governamental, investigação e casos bizarros envolvendo fenômenos inexplicáveis.

A crítica destaca a química entre os agentes Scully e Mulder como peça central do sucesso da série, além da habilidade de alternar entre episódios sérios e outros mais cômicos ou experimentais. Arquivo X também influenciou fortemente séries posteriores, como Fringe e Lost.

O impacto cultural é enorme: teorias da conspiração, alienígenas e o slogan “I Want to Believe” entraram para o imaginário coletivo. Por isso, a série segue firme entre as melhores séries sci-fi de todos os tempos.

Doctor Who

doctor who
(Imagem: BBC/Reprodução)

Poucas séries têm a longevidade e a influência de Doutor Who. Desde 1963, a produção reinventa a ficção científica com viagens no tempo, criaturas alienígenas e questões morais exploradas por meio do personagem que se regenera ao trocar de intérprete.

A crítica celebra Doutor Who por sua criatividade ilimitada, humor britânico e capacidade de emocionar. Arcos como os da metacrítica sobre destino, guerras temporais e identidade do Doutor estão entre os mais elogiados.

É uma série camaleônica, que consegue falar com diferentes gerações sem perder sua essência: usar fantasia e ciência especulativa para discutir a humanidade de forma leve, profunda e, muitas vezes, emocionante.

Battlestar Galactica

BATTLESTAR GALACTICA — SCI FI Series — Pictured: (l-r) Tricia Helfer as Number Six, James Callis as Gauis Baltar, Katee Sackhoff as Lt. Kara “Starbuck” Thrace, Edward James Olmos as Commander Adama, Mary McDonnell as President Laura Roslin, Jamie Bamber as Lee “Apollo” Adama, Aaron Douglas as Tyrol, Grace Park as Sharon “Boomer” Valeri — SCI FI Photo: Anthony Mandler

A reimaginação de Battlestar Galactica é considerada uma das obras-primas da ficção científica contemporânea. A série parte de um ataque devastador dos Cylons e acompanha os sobreviventes da humanidade em busca de um novo lar.

Críticos elogiam o tom maduro, a narrativa política densa e a reflexão constante sobre identidade, religião, guerra e responsabilidade. A série é frequentemente citada como estudo profundo sobre sociedade e moralidade, usando sci-fi como ferramenta para discutir realidades modernas.

Com episódios intensos e personagens complexos como Laura Roslin e Gaius Baltar, Battlestar Galactica se consolidou como referência máxima do gênero no século XXI.

Essas dez produções não estão aqui por acaso. Cada uma, no seu estilo, empurrou a ficção científica para frente, seja criando universos inteiros, cutucando nossas angústias tecnológicas ou reescrevendo o jeito de contar histórias na TV.

Danilo Oliveira
Colaboração para o Olhar Digital

Danilo Oliveira é jornalista formado pela Universidade Cruzeiro do Sul, amante de jogos, quadrinhos e Puroresu. Atualmente é colaborador do Olhar Digital, podcaster e diretor de comunicação.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.