Chuva de meteoros Geminídeas: observatórios no Brasil registram centenas de ocorrências

Observatórios no sul do Brasil ligados à Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) capturaram centenas de rastros de luz
Flavia Correia15/12/2025 06h50
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Observatório em Taquara (RS) capturou 767 meteoros da chuva Geminídeas neste fim de semana. Crédito: Carlos Fernando Jung/Observatório Heller & Jung
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Um dos eventos astronômicos mais aguardados do ano, a chuva de meteoros Geminídeas atingiu o pico de atividade entre sábado (13) e domingo (14), madrugada que representou a melhor oportunidade para ver incríveis “estrelas cadentes”, que, nesse caso em específico, são bem brilhantes e podem ser até coloridas

Sobre a chuva de meteoros Geminídeas:

  • Também chamadas de Gemínidas, essa chuva de meteoros se dá todos os anos, entre 4 e 17 de dezembro;
  • Este ano, com a Lua na fase minguante, a visualização esteve mais favorecida;
  • Na noite de atividade máxima, foi possível observar acima de 70 meteoros por hora, dependendo do local do observador e das condições do céu.

Entre o fim da noite de sábado e 4h da manhã seguinte (pelo horário de Brasília),  o Observatório Heller & Jung, localizado no município de Taquara (RS), capturou 767 meteoros no decorrer de seis horas, de acordo com Carlos Fernando Jung, pesquisador e responsável pelo local. Isso quer dizer que 14 câmeras registraram uma média de 127 meteoros por hora.

Na mesma ocasião, observatórios do Bate-Papo Astronômico, em Santa Maria, e do Clube de Astronomia do Campus Santo Ângelo do Instituto Federal Farroupilha registraram mais de 200 meteoros cruzando o céu.

Geminídeas é uma chuva de meteoros diferente

A maioria das chuvas de meteoros é gerada por detritos da passagem de cometas. No caso da Geminídeas, no entanto, ela é formada por resíduos do asteroide 3200 Faetonte – uma rocha espacial que “imita” o comportamento de um cometa. 

Esse asteroide mede em torno de 5,8 km de largura e, conforme se aproxima do Sol, vai se tornando mais brilhante (de forma parecida com a que fazem cometas, que são aquecidos e ficam mais ativos e brilhantes quando perdem gases e poeira com o calor). Os cientistas creditam a “atividade cometária” de Faetonte ao sódio.

Por serem mais densas que o habitual, as pequenas rochas espaciais oriundas desse asteroide entram em nossa atmosfera de maneira muito mais lenta, gerando rastros luminosos duradouros e até bolas de fogo esverdeadas.

A chuva de meteoros Geminídeas, assim como qualquer outra, é visível a olho nu. Ela pode ser observada de qualquer lugar do Brasil. Como o próprio nome sugere, seu radiante (ponto onde os meteoros aparentam convergir) é a constelação de Gêmeos. 

Leia mais:

Veja mais imagens da Geminídeas

Muitas pessoas registraram o fenômeno ao redor do mundo e compartilharam as imagens nas redes sociais. Vamos conferir abaixo:

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.