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Adquirir uma caminhonete usada pode ser um ótimo investimento — seja para trabalho, lazer ou uso familiar —, mas exige muito mais atenção do que a compra de um carro de passeio. Por sua construção robusta e aplicação em cargas pesadas ou trechos off-road, esses veículos costumam sofrer exigências mecânicas maiores ao longo da vida útil.
Levando isso em consideração, antes de fechar negócio, é essencial verificar cuidadosamente aspectos mecânicos, estruturais, legais e de segurança para evitar surpresas e gastos altos após a compra.
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O que você precisa saber antes de comprar uma caminhonete usada
Pensando em ajudá-lo na sua escolha, o Olhar Digital separou alguns pontos essenciais para que você fique de olho e compre a melhor caminhonete usada. Continue a leitura e confira!
1. Verifique motor e tração
O motor — especialmente quando é a diesel — e o sistema de tração são os componentes mais críticos em uma caminhonete usada. Sendo assim, vale a pena levar o veículo até um mecânico de sua confiança antes da compra.
Dessa forma, ele poderá analisar diversos detalhes, como problemas no sistema de injeção, falhas na partida a frio ou emissões de fumaça anormais podem indicar desgaste interno ou manutenção deficiente.
Em motores turbo, a presença de óleo na carcaça pode sinalizar folgas internas ou necessidade de revisão. Além disso, sistemas 4×4 e marchas reduzidas devem ser testados para garantir engate suave e funcionamento sem ruídos estranhos. Investigue também possíveis vazamentos de óleo e fluido nos componentes mecânicos.
2. Examine a suspensão e a estrutura
A suspensão de uma caminhonete frequentemente é submetida a cargas elevadas e terrenos irregulares, o que pode acelerar seu desgaste. Molas, amortecedores e batentes devem ser inspecionados visualmente, buscando sinais de fadiga, vazamentos ou sons incomuns ao rodar. Ao conduzir o veículo em um percurso irregular, é possível perceber possíveis problemas na suspensão pelo aparecimento de ruídos ou vibrações.
Também é fundamental verificar a caçamba: amassados, ferrugem ou sinais de reparo podem indicar uso severo e desvalorização. Na carroceria, desalinhamentos entre portas, capô e tampa traseira ou diferenças na tonalidade da pintura são indícios potenciais de colisões anteriores ou trabalhos de funilaria mal executados.
3. Analise pneus, freios e direção
Pneus com desgaste irregular podem revelar problemas de alinhamento ou suspensão. Verifique a profundidade do sulco e o estado do estepe. No sistema de freios, a resposta ao pedal deve ser firme e sem ruídos metálicos; rangidos ou vibrações podem ser sinais de pastilhas gastas ou discos comprometidos.
A direção precisa operar de forma estável e sem folgas perceptíveis. Vibrações excessivas em velocidades elevadas ou resposta imprecisa podem indicar problemas na caixa de direção, suspensão ou balanceamento.
4. Cheque documentação e histórico
A parte documental da caminhonete é tão importante quanto sua parte mecânica. Confirme se o vendedor possui todos os documentos essenciais, como o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo) e título de propriedade. Notas fiscais de manutenção e revisões são um diferencial, pois demonstram cuidados prévios com o veículo.
Consultar o histórico por meio do número de chassis no órgão de trânsito permite descobrir débitos, multas, restrições judiciais ou registros de sinistros graves. Preços muito abaixo da média de mercado — como tabelas de referência tipo Fipe — devem ser avaliados com cautela, pois podem indicar irregularidades ou necessidade de reparos caros.
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