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Escovar os dentes costuma ser encarado como um cuidado básico de higiene, mas seu impacto vai muito além da estética ou do hálito agradável. A falta desse hábito permite a proliferação de bactérias na boca, que se acumulam em forma de placa bacteriana e podem desencadear uma série de problemas de saúde. Com o tempo, o que começa como um descuido simples pode evoluir para doenças bucais mais graves.
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Muitas pessoas acreditam que deixar de escovar os dentes por um dia ou alguns períodos não causa grandes prejuízos. No entanto, estudos mostram que a ausência da escovação regular favorece inflamações locais que não ficam restritas à cavidade oral. A boca funciona como uma porta de entrada para microrganismos que podem alcançar outras partes do corpo por meio da corrente sanguínea.
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Nos últimos anos, pesquisas em odontologia e medicina têm reforçado a relação entre saúde bucal e doenças sistêmicas e, cada vez mais, especialistas apontam que cuidar dos dentes é também uma forma de proteger órgãos vitais. Saiba tudo a seguir!

O que acontece se eu não escovar os dentes?
Quando a escovação deixa de ser feita regularmente, restos de alimentos e bactérias se acumulam na boca e formam a chamada placa bacteriana. Esse biofilme adere à superfície dos dentes e à gengiva, criando um ambiente propício para inflamações. Sem remoção adequada, a placa se endurece e se transforma em tártaro, dificultando ainda mais a limpeza.
O problema é que essas bactérias não ficam restritas à boca. Estudos da área médica mostram que inflamações bucais crônicas facilitam a entrada de microrganismos na corrente sanguínea. Esse processo inflamatório sistêmico está associado a uma série de doenças em outros órgãos, incluindo o coração, os pulmões e até o metabolismo.
Um mau hábito que afeta muito mais do que a boca
A boca abriga centenas de espécies de bactérias, muitas delas inofensivas quando há higiene adequada. No entanto, quando a escovação é negligenciada, esse equilíbrio se rompe e microrganismos potencialmente nocivos passam a se multiplicar. De acordo com informações reunidas por instituições de odontologia e saúde, a cavidade oral pode se tornar um foco constante de inflamação.
Segundo a Philips Oral Healthcare, a placa bacteriana não removida diariamente cria um ambiente ideal para inflamações persistentes. Essas inflamações aumentam a permeabilidade da gengiva, facilitando a entrada de bactérias no organismo. Com isso, um hábito aparentemente simples passa a ter impacto direto na saúde geral, e não apenas nos dentes.
Gengivite e periodontite: inflamações que vão além da gengiva
Um dos primeiros sinais da falta de escovação é a gengivite, caracterizada por vermelhidão, inchaço e sangramento gengival. Conforme explica a Healthline, essa inflamação surge quando a placa bacteriana se acumula ao redor da gengiva, irritando o tecido e favorecendo a proliferação das bactérias.
Se não tratada, a gengivite pode evoluir para periodontite, uma condição mais grave que compromete os tecidos de sustentação dos dentes. Além do risco de perda dentária, a periodontite mantém o organismo em estado inflamatório constante, aumentando a liberação de bactérias e substâncias inflamatórias na corrente sanguínea.
Cáries, dor e infecções mais profundas
A falta de escovação também favorece o desenvolvimento de cáries, resultado da ação de bactérias que produzem ácidos ao metabolizar açúcares. Esses ácidos atacam o esmalte dental, abrindo pequenas lesões que podem avançar rapidamente. Por mais que pareça inofensivo, até mesmo pular a escovação antes de dormir já aumenta esse risco.
Com o avanço das cáries, a infecção pode atingir camadas mais profundas do dente, provocando dor intensa, sensibilidade e inflamações. Em casos mais graves, o problema pode evoluir para abscessos e exigir tratamentos invasivos, como canal ou extração, afetando diretamente a qualidade de vida.

Mau hálito e sinais de desequilíbrio bucal
O mau hálito é um dos efeitos mais perceptíveis da falta de escovação, mas também um dos mais subestimados. Ele surge da decomposição de restos alimentares e da ação de bactérias anaeróbias na língua e na gengiva. Conforme explica o site Focos Odontologia, a halitose persistente é um sinal de que a saúde bucal está comprometida.
Mais do que um desconforto social, o mau hálito indica desequilíbrio da flora oral. Em muitos casos, ele está associado a inflamações gengivais, cáries ou acúmulo excessivo de placa, funcionando como um alerta precoce de problemas mais sérios.
Como as bactérias da boca chegam ao sangue?
Quando a gengiva está inflamada ou lesionada, as bactérias presentes na boca encontram caminho livre para alcançar a corrente sanguínea. Esse fenômeno, conhecido como bacteremia, é descrito em artigos médicos e explicações de instituições de saúde, como a Geisinger Health System.
Uma vez no sangue, esses microrganismos circulam pelo corpo e podem se alojar em regiões vulneráveis. Esse processo ajuda a explicar por que doenças bucais crônicas estão associadas a problemas em órgãos distantes da boca.
Má higiene bucal e doenças do coração
Diversos estudos científicos apontam uma associação entre doenças periodontais e problemas cardiovasculares. A Scientific American destaca que a inflamação crônica causada por bactérias bucais pode contribuir para o endurecimento das artérias e para o aumento do risco de infarto e AVC.
Esse processo ocorre porque a inflamação sistêmica sobrecarrega o sistema cardiovascular. Além disso, bactérias orais já foram identificadas em placas de gordura nas artérias, reforçando a ligação entre saúde bucal precária e doenças do coração.

Endocardite bacteriana
Em casos mais específicos, as bactérias da boca podem causar endocardite bacteriana, uma infecção grave das válvulas do coração. Segundo a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, essa condição ocorre quando microrganismos alcançam o coração pela circulação sanguínea.
Embora seja mais comum em pessoas com doenças cardíacas pré-existentes, a endocardite evidencia como a falta de higiene bucal pode ter consequências graves. Por isso, a prevenção por meio da escovação é considerada uma medida de proteção também para o coração.
Impactos em pulmões, metabolismo e outros órgãos
Além do coração, pesquisas citadas por instituições de saúde indicam que a má higiene bucal pode afetar os pulmões, aumentando o risco de infecções respiratórias. Há ainda relação com dificuldade no controle da diabetes, já que a inflamação interfere na ação da insulina, como aponta o CDHP – California Dental Health Program.
Estudos mais recentes investigam conexões entre doenças periodontais e declínio cognitivo, sugerindo que a inflamação crônica pode impactar o funcionamento do sistema nervoso ao longo do tempo. Essas associações reforçam a importância da escovação como cuidado preventivo global.
Escovar os dentes é uma medida simples com impacto amplo
Escovar os dentes regularmente, usar fio dental e manter consultas odontológicas de rotina são medidas simples, mas extremamente eficazes. Esses cuidados reduzem a carga bacteriana, evitam inflamações crônicas e diminuem o risco de que microrganismos se espalhem pelo corpo.
Manter a saúde bucal em dia não é apenas uma questão estética ou de conforto. Trata-se de uma prática essencial para proteger o organismo como um todo, reforçando a ideia de que pequenos hábitos diários podem ter grande impacto na saúde a longo prazo.
