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Se você acompanha as notícias sobre espaço ou se já viu filmes sobre o Planeta Vermelho, então você também já pode ter pensado como seria viver em Marte. As primeiras coisas que passam pela cabeça incluem a falta de oxigênio, como é o passar do tempo lá, ou as temperaturas congelantes. Mas existe um fator que pode mudar a percepção de tempo e envelhecimento como temos na Terra.
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A diferença gravitacional entre a Terra e Marte não afeta apenas o peso dos objetos, mas, teoricamente, a própria passagem do tempo. Isso cria um paradoxo curioso: dependendo do ponto de vista, se olharmos para a física pura ou para o calendário, você poderia envelhecer mais rápido ou muito mais devagar do que seus amigos que ficaram na Terra.
O quão rápido você envelheceria se morasse em Marte?
Para entender essa “viagem no tempo”, precisamos chamar Albert Einstein para a conversa. Segundo a Teoria da Relatividade Geral, a gravidade não é apenas uma força que nos puxa para o chão, mas algo que curva o próprio tecido do espaço-tempo.
Ou seja, quanto mais forte a gravidade, mais lento o tempo passa. Como a Terra tem muito mais massa do que Marte, a gravidade aqui é significativamente mais forte. Logo, o tempo na Terra passa “mais devagar” do que no espaço ou em planetas menores. Claro, falar em morar em Marte ainda é um cenário especulativo, afinal, o planeta ainda é inabitável para nós sem tecnologia pesada, mas a física por trás disso é sólida.

De acordo com análises baseadas na relatividade, o tempo corre um pouco mais rápido onde a gravidade é mais fraca, o que significa que, em Marte, o relógio biológico de suas células (teoricamente) trabalhariam em um ritmo ligeiramente acelerado em comparação com o nível do mar na Terra.
A simulação: Terra vs. Marte
Vamos colocar isso na ponta do lápis com uma simulação prática. Imagine que você tem exatos 20 anos de idade e decide se mudar para Marte hoje, deixando um irmão gêmeo aqui na Terra.
O efeito da relatividade (envelhecimento físico)
Por causa da tal dilatação do tempo gravitacional, o tempo passaria mais rápido para você em Marte. Mas não se preocupe em criar rugas da noite para o dia. A diferença é infinitesimal.
Físicos calculam que, devido à baixa gravidade marciana, você ganharia apenas alguns nanossegundos ou milissegundos de “vantagem” sobre a Terra ao longo de décadas. Para ser exato, o efeito seria tão pequeno que seria imperceptível sem relógios atômicos de alta precisão. Se você vivesse 80 anos em Marte, morreria frações de segundo antes do que se tivesse ficado na Terra.
Leia mais:
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O efeito do calendário (aniversários)
Aqui é onde a cabeça dá um nó e a “fonte da juventude” aparece. A forma como medimos idade depende dos anos, ou seja, o tempo que o planeta leva para dar uma volta no Sol.
- Na Terra: Um ano dura 365 dias. Se você tem 20 anos, daqui a 365 dias terá 21.
- Em Marte: O planeta leva cerca de 687 dias terrestres para completar uma volta no Sol.
Isso significa que, se você se mudasse para lá com 20 anos, demoraria quase o dobro do tempo para soprar as velinhas do seu bolo de 21 anos.

Fazendo as contas: Se o seu gêmeo na Terra comemorar o aniversário de 60 anos (tendo vivido 40 anos desde a partida), você, em Marte, teria comemorado apenas cerca de 21 aniversários marcianos nesse período. No seu “documento de identidade marciano”, você teria pouco mais de 41 anos.
Portanto, o envelhecimento fora da Terra depende da régua que você usa. Pela física estrita de Einstein, suas células experimentariam o tempo passando um pouquinho mais rápido do que na Terra devido à gravidade fraca.
Porém, pelo calendário, você seria um jovem por muito mais tempo. Há um porém: a baixa gravidade e a radiação de Marte trariam desafios biológicos reais, como perda de massa óssea e muscular, o que poderia fazer você se sentir muito mais velho, independentemente do que diga o relógio ou o calendário.