James Webb completa quatro anos; “sobrevoe” o Universo observado pelo telescópio espacial

A Agência Espacial Europeia, uma das parceiras da NASA nas operações do James Webb, publicou um "tour" virtual por algumas imagens do telescópio
Flavia Correia26/12/2025 15h15
Representação artística do Telescópio Espacial James Webb
Representação artística do Telescópio Espacial James Webb. Crédito: Vadim Sadovski - Shutterstock
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Lançado no Natal de 2021 pela NASA, em parceria com as agências espaciais europeia (ESA) e canadense (CSA), o Telescópio Espacial James Webb (JWST) acaba de completar quatro anos de atividade – embora as observações científicas tenham iniciado oficialmente seis meses depois.

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Ao longo de todo esse tempo, ele acumulou vistas cósmicas deslumbrantes, algumas das quais foram reunidas pela ESA em um vídeo espetacular, que dá a impressão de um sobrevoo pelo Universo a bordo do observatório.

“Visitaremos nebulosas coloridas e berçários estelares dinâmicos em nossa própria galáxia”, diz a agência em um comunicado de apresentação do material. “Depois, vamos nos aventurar além, viajando até os confins do cosmos e maravilhando-nos com galáxias interagindo e enormes aglomerados de galáxias”.

Maior telescópio espacial de todos os tempos, o James Webb foi lançado em 25 de dezembro de 2021 a bordo do foguete Ariane 5, da Arianespace, a partir do Centro Espacial Europeu, na Guiana Francesa. As primeiras observações científicas começaram em julho de 2022. Desde então, o telescópio vem investigando o Universo, da vizinhança do Sistema Solar às galáxias mais distantes.

James Webb revela a supernova mais antiga já registrada

Um artigo publicado este mês na revista Astronomy & Astrophysics relata a detecção da supernova mais antiga já registrada, encontrada graças ao Webb. A luz desse fenômeno viajou por 13 bilhões de anos até chegar à Terra, revelando não somente o evento que ocorreu apenas 730 milhões de anos após o Big Bang, como também a galáxia onde a explosão aconteceu.

De acordo com um comunicado, a supernova veio acompanhada de uma forte explosão de raios gama, um tipo extremamente raro de evento no início do Universo. Esses surtos surgem quando uma estrela muito massiva colapsa, processo que pode dar origem a um buraco negro. Segundo o pesquisador Andrew Levan, da Universidade Radboud, na Holanda, e da Universidade de Warwick, no Reino Unido, apenas poucos episódios assim foram vistos nos últimos 50 anos. Saiba mais aqui.

O tênue ponto de luz mostra a supernova ligada à explosão de raios gama GRB 250314A, registrada pelo Telescópio Espacial James Webb como era há 13 bilhões de anos. Crédito: NASA/ESA/CSA/STScI/Andrew Levan, Universidade Radboud; processamento: Alyssa Pagan, STScI.

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Como o Universo vai acabar?

O destino do cosmos ainda é incerto, mas os cientistas entendem que ele deve continuar existindo por um período que ultrapassa qualquer escala imaginável para a humanidade. Mesmo assim, estudar a evolução do Universo ajuda a projetar cenários possíveis para o futuro distante.

Tudo surgiu há cerca de 14 bilhões de anos em uma expansão rápida conhecida como Big Bang, evoluindo de um gás difuso para um conjunto complexo de estrelas e galáxias que continuam mudando ao longo do tempo. Mas, como vai terminar? Este estudo tem uma hipótese.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.