Siga o Olhar Digital no Google Discover
Eclipses são eventos astronômicos caracterizados pelo escurecimento total ou parcial de um astro por meio da interposição de um outro corpo celeste frente à fonte de luz. E o ano de 2026 traz quatro deles: dois do Sol e dois da Lua.
Ofertas
Por: R$ 27,81
Por: R$ 50,10
Por: R$ 67,95
Por: R$ 10,90
Por: R$ 2.069,90
Por: R$ 56,60
Por: R$ 75,85
Por: R$ 334,32
Por: R$ 23,83
Por: R$ 140,00
Por: R$ 178,49
Por: R$ 198,99
Por: R$ 3.999,00
Por: R$ 160,65
Por: R$ 187,00
Por: R$ 209,90
Por: R$ 166,19
Por: R$ 330,00
Antes de relacionar as datas de cada um desses eventos, vamos entender o que são eclipses solares e lunares.

Sobre os eclipses solares:
- Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;
- Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;
- Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).
Sobre os eclipses lunares:
- Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
- Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre o nosso satélite natural;
- Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).

Leia mais:
- Calendário maia previa eclipses com precisão surpreendente
- Veja as melhores imagens do último eclipse de 2025
- Eclipse solar mais antigo já registrado pode ter acontecido há 6 mil anos
Veja o calendário dos eclipses do ano
De acordo com a plataforma de climatologia e meteorologia espacial Time And Date, os eclipses de 2026 vão acontecer nas seguintes datas:
- Tipo: solar anular;
- Horário: entre 06h56 e 11h27 (horário de Brasília);
- Pode ser visto do Brasil: não;
- Onde vai dar para ver: exclusivamente no Hemisfério Sul, com a fase anular (o momento em que se forma o “Anel de Fogo”) cruzando diretamente o interior do continente da Antártida. Extremo sul da América do Sul e sul do continente africano poderão presenciar o eclipse na fase parcial. A área de visibilidade abrange também o sul de Madagascar e vastas extensões dos oceanos Antártico, Índico e Atlântico Sul.
- Tipo: lunar total;
- Horário: entre 5h44 e 11h23 (horário de Brasília);
- Pode ser visto do Brasil: sim (um pouco);
- Onde vai dar para ver: O eclipse será visto em sua totalidade (todas as fases: penumbral, parcial e total) principalmente no Oceano Pacífico, abrangendo também o leste da Ásia (como Japão e China), a Austrália, a Nova Zelândia e a porção oeste da América do Norte (oeste do Canadá e dos EUA), locais onde será possível ver a “Lua de Sangue” completa. No Brasil, o eclipse ocorrerá ao amanhecer, coincidindo com o momento em que a Lua estará se pondo no horizonte oeste. Devido a esse horário, não veremos a fase total em nenhum local do país. Apenas as regiões Norte e Centro-Oeste conseguirão observar o início da fase parcial, vendo a sombra da Terra cobrir um pedaço da Lua antes de ela sumir no horizonte. No Sul, Sudeste e Nordeste, o evento será penumbral e praticamente imperceptível.
- Tipo: solar total;
- Horário: entre 15h34 e 19h57 (horário de Brasília);
- Pode ser visto do Brasil: não;
- Onde vai dar para ver: O Sol poderá ser visto totalmente encoberto no Ártico, na Groenlândia, na Islândia, no norte da Espanha e em uma pequena parte de Portugal. Já a fase parcial será observável em todo o restante da Europa, no norte da África e no leste da América do Norte.
- Tipo: lunar parcial;
- Horário: entre 22h23 e 04h01 (horário de Brasília);
- Pode ser visto do Brasil: sim;
- Onde vai dar para ver: O Brasil inteiro está na área de melhor visibilidade, o que significa que moradores de todas as regiões do país poderão acompanhar o fenômeno do início ao fim. Como o eclipse ocorrerá na madrugada, a Lua estará bem alta no céu, facilitando a observação da sombra da Terra cobrindo parte do disco lunar. Além da América do Sul, o evento também será observável com clareza em toda a América do Norte, Europa e África.
“Anel de Fogo” brilha no Carnaval do Brasil
Como explicado acima, haverá um eclipse solar anular dia 17 de fevereiro, terça-feira de Carnaval. Infelizmente, no entanto, ainda não será desta vez que veremos o dia virar noite seguindo o trio elétrico, pulando no bloquinho, dançando frevo, cantando marchinhas ou sacudindo no samba. Para isso, vamos precisar aguardar mais um ano.
Mas, se no Carnaval de 2026, o eclipse solar terá sido visto pelos brasileiros apenas pelas telas (nas plataformas do Olhar Digital, é claro), o país inteiro vai poder testemunhar pelo menos parte do espetáculo durante a folia em 2027, no sábado, 6 de fevereiro.

Conforme o mapa de visibilidade fornecido pelo Time and Date, a faixa de anularidade – onde o “Anel de Fogo” será visível – atravessará o Brasil de forma estreita, passando por uma região restrita. Seguem abaixo os pontos favorecidos:
- Rio Grande do Sul: nos arredores de Santa Vitória do Palmar, Paso Real e Picada do Mata;
- Paraná: em algumas cidades do sul do estado, como Pato Branco, Francisco Beltrão e Palmas;
- Santa Catarina: principalmente o extremo sul do estado, incluindo municípios como Criciúma, Araranguá e Sombrio.
Além desses locais na região Sul, o Sol terá aproximadamente 90% de cobertura em algumas cidades do Rio de Janeiro, como a capital, Niterói e toda a Baixada Fluminense.
Fora dessa faixa, o restante do Brasil verá o eclipse como parcial, em diferentes proporções. O estado onde haverá menor cobertura do Sol pela Lua será Roraima, com 7,7%.
Então, é isso. A contagem regressiva já começou: ainda falta mais de um ano para o Carnaval de 2027, quando o “Anel de Fogo” vai abrilhantar os festejos. Embora o privilégio de ver o eclipse total de camarote seja para poucos, mesmo quem estiver na “pipoca” ou na arquibancada poderá acompanhar uma boa parte do espetáculo. Afinal, a grande festa do povo é para todos – e o eclipse, desta vez, também será.