Nesta segunda-feira (20), Júpiter vai atingir o chamado apogeu – ponto mais distante da Terra em sua órbita atual ao redor do Sol

De acordo com o guia de observação astronômica InTheSky.org, isso acontece às 22h40 (pelo horário de Brasília). Nesse momento, Júpiter estará a 6,03 Unidades Astronômicas (UA) do nosso planeta, o que corresponde a cerca de 904,5 milhões de km.

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Configuração do céu no momento de distanciamento máximo entre a Terra e Júpiter nesta segunda-feira (20). Crédito: SolarSystemScope

Tanto o tamanho quanto o brilho de Júpiter no céu noturno seriam afetados consideravelmente se o planeta pudesse ser visto. No entanto, conforme noticiado pelo Olhar Digital, ele entrou em conjunção solar no sábado (18).

Isso significa que Júpiter está “desaparecido” do céu noturno, permanecendo mergulhado no brilho solar por algumas semanas.

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De acordo com Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital, isso ocorre uma vez em cada ciclo sinodal do planeta, que é o período necessário para um corpo planetário chegar à mesma posição relativa ao Sol, quando observado a partir da Terra – que no caso de Júpiter é de 399 dias.

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“Júpiter deve reaparecer no céu no início de junho. No dia 4, deve estar em conjunção com Mercúrio no final da madrugada, em meio ao crepúsculo do nascer do Sol”, explica Zurita. “A partir daí, a cada noite, ele vai estar mais alto no céu, até sua próxima oposição, que será em 3 de novembro”.

Dois dias depois de sua aproximação máxima com o Sol, Júpiter passará pelo apogeu – seu ponto mais longe da Terra – atingindo uma distância de 6,03 Unidades Astronômicas (UA) do nosso planeta, ou seja, mais de seis vezes a distância entre nós e o Sol, que é de aproximadamente 150 milhões de km. Isso significa que ele estará a cerca de 904,5 milhões de km daqui.

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Júpiter já foi plano?

Recentemente, um estudo apresentou considerações muito curiosas sobre um passado bem achatado do nosso planeta (mas longe das teorias conspiratórias da “Terra Plana”). Bom, neste mesmo estudo, algo importante tem sido observado em relação a mundos não tão redondos logo nos primeiros momentos de formação.

Tais insights fascinantes têm a ver com os gigantes gasosos. Os astrofísicos Adam Fenton e Dimitris Stamatellos, da Universidade de Central Lancashire, na Inglaterra, utilizaram simulações para mostrar que grandes mundos semelhantes a Júpiter não se formam como esferas organizadas, mas sim como discos achatados. Saiba mais aqui.