A Motorola lançou nesta semana o Moto E5 Play, a versão mais básica de sua linha de entrada. O novo modelo tem como diferencial o SO Android Go, versão otimizada do sistema do Google voltada para configurações mais simples. Com preço sugerido de 800 reais, ele tem uma série de competidores no mercado, entre Samsungs, LGs e até alguns Sonys.

No entanto, talvez o maior rival do Moto E5 Play seja da própria Motorola: seu “irmão maior”, o Moto E5, que hoje é encontrado facilmente por 750 reais ou menos. Os dois modelos têm configurações bem parecidas, compartilhando inclusive o mesmo processador. Mas as diferenças também existem – e podem fazer a diferença no uso a longo prazo. Se estiver pensando em comprar um deles, confira nosso comparativo a seguir antes de escolher:

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Desempenho e espaço

O primeiro ponto a se comparar entre o Moto E5 e o Moto E5 Play é a performance de ambos. Por dentro, o processador é o mesmo: um Snapdragon 425 com quatro núcleos e 1,4 GHz. Está longe de ser o mais potente da Qualcomm, mas o chip dá conta de executar as versões mais básicas dos apps populares, como o Facebook Lite e as versões Go do Google. A peça também otimiza bem seu uso para economizar bateria.

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Mas o ponto em que o Moto E5 se sobressai é na RAM: ele tem 2 GB, o dobro de sua versão Play, que fica limitada a 1 GB para poder rodar o Android Go. A versão mais leve do sistema não faz feio, mesmo com essa quantidade limitada de memória do E5 Play, e ainda deixa mais espaço livre dentro dos 16 GB nominais. Mas um GB a mais ajuda a alternar um pouco mais rápido entre apps, mesmo que o sistema seja mais pesado. Vitória do Moto E5, mas não com folga.

Tela e câmera

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No quesito display, os dois modelos têm tamanhos parecidos. São 5,7’’ para o E5 e 5,83’’ para o E5 Play. As telas LCD de ambos são de proporção 18:9, mas a resolução muda bastante: o primeiro é HD+, enquanto o segundo fica nos 960 x 480 pixels. A diferença é notável. Ainda que não seja o melhor do mercado, o painel do Moto E5 exibe imagens bem mais nítidas.

O modelo também leva vantagem na câmera traseira, com 13 megapixels contra 8 do E5 Play, mas empata na frontal – ambos têm um sensor de 5 MP na frente. O aparelho mais básico até que não faz feio nas fotos, especialmente porque o app de câmera é cheio de recursos, inclusive para controle manual. Mas os 5 MP de diferença no sensor de trás podem render fotos com bem mais qualidade. Vitória do Moto E5, em ambos os quesitos.

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Bateria

Aqui, não há muito o que comparar. O Moto E5 Play vem com modestos 2.100 mAh, enquanto o E5 tem quase o dobro: 4.000 mAh. O aparelho com Android Go até aguenta um dia de uso sem pedir para ser ligado à tomada, mas não fica tanto tempo ligado quanto o “concorrente”. Vitória, portanto, do Moto E5.

Software

As fabricantes demoraram, mas finalmente perceberam que 2 GB de RAM são essenciais para aguentar o Android completo, presente no Moto E5, sem grandes dores de cabeça. Mas mesmo essa quantidade de memória não garante que o sistema na versão Oreo vai rodar tranquilamente, e é preciso às vezes apelar para versões mais leves dos aplicativos – justamente as que já vem instaladas no Android Go, que equipa o Moto E5 Play.

Um pouco a mais de RAM ajudaria bastante o modelo mais básico da Motorola, é claro. Mas mesmo com 1 GB de memória, o aparelho consegue ter um desempenho razoável graças ao sistema operacional, também na versão Oreo, otimizado. Vitória do Moto E5 Play aqui.

Conclusão

Levando a melhor na maioria das comparações e também carregando um leitor de digitais na traseira, o Moto E5 fica com a vitória no comparativo – e ainda ganha no fator preço, ao menos pelo praticado no mercado. Por 750 reais ou até menos, é possível levar um aparelho com configurações melhores do que as de um modelo que tem preço sugerido de 800 reais no lançamento. 

É claro, o valor do Moto E5 Play não deve demorar para cair, e o fato de ele vir com Android Go faria dele uma escolha até interessante por um preço mais baixo – o sistema Android Go de fato o ajuda a garantir um desempenho bem razoável. Mas mesmo mais barato, o aparelho da Motorola ainda não seria uma escolha certa graças à bateria e, principalmente, à tela.

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