Uma nova startup de espaço e biotecnologia quer construir uma pirâmide na Lua para armazenar o DNA de todas as plantas e criaturas da Terra – incluindo o de humanos.

A startup LifeShip, com sede em São Francisco, é obra do engenheiro e empresário Ben Haldeman. A ideia dela é oferecer a quem quiser a oportunidade de enviar seu código genético para a Lua. Essas amostras cumulativas serão reunidas ao longo dos próximos dois anos, combinadas com outras amostras em um arquivo gigante, incorporadas em um polímero e depois enviadas para o espaço.

No site da LifeShip há uma citação de Maximus Decimus Meridius, o personagem interpretado por Russell Crowe em Gladiador, que diz: “O que fazemos na vida ecoa na eternidade.” Há também um botão “Inscreva-se agora!”, que promete “reservar [seu] local na lua”.

“Os maiores produtos de DNA até agora foram serviços de ancestralidade; deixar as pessoas olharem para a árvore genealógica e de onde vieram”, disse Haldeman ao Digital Trends. “Acho que este é um produto totalmente novo para o futuro do seu DNA. O futuro vem com uma sensação de admiração”.

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A ideia é, em essência, uma versão da era espacial de uma cápsula do tempo. Em vez de conter um vídeo da turma da escola e uma cópia do jornal do dia, ele pretende ser um registro de DNA da vida na Terra. E ao invés de ser enterrado em um campo, ele será colocado no vizinho celeste do nosso planeta.

“Estamos colocando um monumento na lua, para onde as pessoas em todos os lugares poderão olhar e ver um pedaço de si mesmas no céu noturno”, disse Haldeman.

Parte da decisão de abrigar este arquivo fora do planeta é por causa de preocupações com o que acontecerá a ele nas próximas décadas. “Acho que é mais uma preparação para um futuro desconhecido, além de um presente para nossos descendentes”, explicou.

Haldeman planeja lançar uma série de kits de extração de DNA para consumidores domésticos no próximo mês. Um Kickstarter para captação de recursos também está planejado para o final do ano, possivelmente em conjunto com uma rodada de financiamento de empreendimentos.

O empresário disse que a LifeShip passará os próximos dois anos coletando seu primeiro lote de amostras de DNA, com o objetivo de depositar sua carga na Lua em algum momento de 2021. A julgar pelos insetos e plantas que estão presos no âmbar das árvores aqui da Terra, as amostras de DNA da LifeShip podem durar milhões de anos.

Via: DigitalTrends