O senador da Flórida Marco Rubio anunciou nesta quarta-feira (9) que vai pedir às autoridades americanas uma investigação sobre a aquisição do Musical.ly em 2017 pela TikTok. Ele informou a decisão via Twitter, e acusou o aplicativo de seguir as diretrizes do governo chinês e censurar alguns conteúdos. 

“Existe ampla e crescente evidência de que a plataforma da TikTok para os mercados ocidentais, incluindo os EUA, está censurando o conteúdo de acordo com as diretrizes do governo comunista da China”, escreveu Rubio. Em outro tuíte, ele solicitou ao governo norte-americano “que imponha leis anti-boicote que proíbem qualquer cidadão americano – incluindo subsidiárias americanas de empresas chinesas de cumprir boicotes estrangeiros, que procuram coagir empresas dos EUA a se conformarem com o governo chinês”.

A declaração surge em um momento diplomático conturbado entre os países. A NBA perdeu 11 de 13 empresas chinesas parceiras oficiais da Liga nesta quarta-feira. O conflito ocorreu após o gerente geral do Houston Rockets, Daryl Morey, escrever uma mensagem de apoio aos recentes protestos que ocorreram contra o governo chinês em Hong Kong. A NBA disse em um comunicado que “tem um grande respeito pela história e cultura da China”, apesar de deixar claro que não possui o intuito de se intrometer nessas divergências de ideias entre os países. 

O TikTok não foi o único aplicativo chinês que fez sucesso nos Estados Unidos. Apps desenvolvidos por empresas ou investidores do país asiático geraram uma receita de US$ 674,8 milhões no primeiro trimestre de 2019, somente no país de Donald Trump. Jogos como League of Legends e Clash of Clans foram desenvolvidos por companhias pertencentes a Tencent, empresa chinesa que detém grande parte do seu público nos EUA.

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Recentemente, o TikTok anunciou que não permitiria anúncios políticos pagos em sua plataforma. Caso os Estados Unidos formalizem uma investigação contra o aplicativo, eles não serão os únicos. O governo do Reino Unido também está realizando uma investigação para descobrir se o aplicativo viola o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa. O TikTok ainda não respondeu sobre o caso.  

Via: CNBC