Cientistas do Google e da CalTech, da Universidade de Maryland e Universidade de Amsterdã, testam em computadores quânticos alguns dos fenômenos físicos mais estranhos na teoria, como buracos de minhoca que ligam pares de buracos negros. A equipe de físicos acredita que estudar os comportamentos quânticos extremos pode fornecer evidências mais fortes para a existência da Teoria das Cordas, uma hipótese em que todas as partículas do universo são formadas por cordas e que tenta unificar a Teoria da Relatividade e a Mecânica Quântica.

Trabalhos teóricos já demonstraram que a “gravidade quântica” pode surgir em certos sistemas quânticos, mas é impossível de ser sondada com nossa tecnologia atual. Porém, para testar e compreender a Teoria das Cordas, é viável reproduzir seus estados em laboratórios de física por meio de analogias matematicamente semelhantes, conforme postulado pelos cientistas.

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Desta maneira, para tentar entender como a informação viaja através de um buraco de minhoca entre dois buracos negros, a equipe de profissionais de ambas empresas reproduziu em computadores quânticos os comportamentos supostos pela Teoria das Cordas e em outros fenômenos semelhantes à buracos de minhoca.

Para isso, construíram um sistema análogo ao que ocorre no espaço, no formato de um circuito que conecta dois conjuntos de qubits, os “átomos” do computador quântico. Nele, por meio de uma troca de energia matematicamente calculada para ser parecida com o evento do universo, a mensagem entre os qubits é embaralhada de forma semelhante à maneira que as informações sobre as propriedades de uma partícula circulam no espaço, que podem ser potencialmente perdidas dentro de buracos negros.

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Da mesma forma que é suposto na Teoria das Cordas e na comunicação de informações entre os buracos negros, a mensagem reapareceu misteriosamente nos qubits, sem exigir decodificação. “Não é óbvio, de maneira alguma, como a mensagem chegou [ao outro lado do sistema], e o fato mais surpreendente é que a explicação mais simples está na física dos buracos negros”, escrevem os autores no artigo.

Christopher Groe, professor de física da Universidade de Maryland e orientador desta pesquisa, espera que o estudo sobre analogias espaciais possa expandir. “Estudos como este estão nos motivando e nos dando um empurrão nos laboratórios de universidades, de empresas e de governos para construir essas coisas”, afirmou ao Gizmodo.

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Via: Gizmodo