Com o surto de coronavírus, o uso de máscaras na China está cada vez mais comum. Por conta disso, os sistemas de reconhecimento facial do país – que estão entre os mais sofisticados do mundo – enfrentam desafios para identificar pessoas.

Com o objetivo de resolver essa questão, a Hanwang Technology desenvolveu a primeira tecnologia de reconhecimento facial do país que pode identificar pessoas que estão usando máscaras de proteção. A novidade,”se conectada a um sensor de temperatura, pode medir o calor do corpo enquanto identifica o nome da pessoa”.

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Segundo a empresa, o recurso utiliza um banco de dados com cerca de seis milhões de rostos não mascarados, além de um acervo menor de rostos com máscara. Atualmente, a companhia oferece dois tipos de produto. O primeiro deles realiza o reconhecimento facial de forma única – sendo ideal para a entrada de edifícios, por exemplo; o segundo traz um sistema de reconhecimento “multicanal”, em que várias câmeras são usadas ao mesmo tempo.

A versão mais poderosa pode identificar, em apenas um segundo, até 30 pessoas ao mesmo tempo, de acordo com o vice-presidente da empresa, Huang Lei. “Ao usar uma máscara, a taxa de reconhecimento pode chegar a 95%, o que garante que a maioria das pessoas possa ser identificada”, completa. Ele ainda destaca que a taxa de sucesso em pessoas sem máscara é de 99,5%.

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Além de ser utilizado para verificar a possibilidade de infecção pelo coronavírus, o sistema pode ter outros usos. Devido ao alto índice de acerto, a polícia chinesa, por exemplo, pode identificar suspeitos de crimes e encontrar procurados pela justiça mesmo que eles escondam o rosto. No entanto, a empresa destaca que o uso de óculos escuros pode prejudicar o reconhecimento.

Via: Reuters