Representantes da Anatel e de operadoras de telecomunicações se reuniram nesta quarta-feira (18) para discutir medidas conjuntas para lidar com o enfrentamento à epidemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil.

No domingo (15), a agência reguladora enviou um ofício às empresas com recomendações a serem adotadas no presente cenário, dentre elas a ampliação de acesso dos serviços a não assinantes, incluindo a liberação de redes wi-fi em determinados locais públicos; além da ampliação da velocidade de conexão nos acessos fixos à banda larga.

No entanto, enquanto algumas medidas já foram adotadas pelas operadoras, como a isenção do consumo de dados móveis no aplicativo Coronavírus SUS; outras propostas ainda encaram discordância por parte de algumas delas.

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De acordo com o ValorInvest, os principais entraves estariam na oferta de gratuidade de serviços, flexibilização na cobrança de faturas dos clientes e o reforço das equipes de manutenção e reparos. Parte das empresas defende que é necessária uma análise profunda sobre os impactos da pandemia sobre o setor, bem como a elaboração de um plano de contenção dos efeitos da crise em benefício das operadoras. 

Ficou combinado, no entanto, que o setor de telecomunicação deve entregar até sexta-feira (20) documentos com propostas para a manutenção da integridade das redes e a continuidade da prestação de serviços.

Abaixo, as iniciativa sugeridas pela Anatel no ofício enviado às operadoras de telecomunicações:

  • Providências para acesso zero rang ao aplicavo móvel desenvolvido pelo Ministério da Saúde, o Coronavírus-SUS;
  • Medidas de ampliação de acesso a não assinantes (como liberação de redes Wi-fi em determinados locais públicos);
  • Medida de ampliação de velocidade de conexão nos acessos fixos à banda larga;
  • Promoção de campanhas publicitárias para divulgação de informações referentes à Covid-19, em especial com replicação daquelas realizadas pelo Ministério da Saúde;
  • Definição de plano de ação para garana da estabilidade técnica do sistema, no sendo de se evitar degradação de qualidade decorrente de ampliação súbita da demanda, no âmbito do Grupo de Gestão de Riscos e Acompanhamento do Desempenho das Redes de Telecomunicações (GGRR);
  • Flexibilização nos prazos de tratamento de casos de inadimplência por parte dos consumidores em áreas sob restrições de deslocamento;
  • Medidas de priorização no atendimento a solicitações de reparos em estabelecimentos de saúde e serviços de urgências;
  • Aprimoramento na gestão interna das prestadoras em relação à força de trabalho própria e terceirizada, sendo a divulgação de práticas de higiene e restrição de aglomerações no atendimento pessoal ao público externo e nos ambientes de call center.

Fonte: ValorInveste/Telesíntese