Causada pela Covid-19, a morte de Chloe Middleton, uma mulher britânica de 21 anos sem doenças pré-existentes, trouxe de volta o alerta de que jovens saudáveis não estão imunes ao coronavírus.

O óbito aconteceu na semana passada, mas só veio a público na última quarta-feira (25), quando Emily Mistry, tia da jovem, falou sobre o ocorrido no Facebook, alertando para a letalidade do vírus e pedindo para que as pessoas “façam sua parte” para a doença não ser ainda mais disseminada. “A realidade deste vírus está apenas se desenrolando diante de nossos olhos”, disse Mistry. “Por favor, sigam as diretrizes do governo”, completou.

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Amy Louise, irmã de Chloe, também comentou sobre o falecimento da jovem e acrescentou que já era “hora de as pessoas levarem isso a sério, antes que muitas outras terminem na mesma situação devastadora”.

“Tenho uma mensagem para os mais jovens: vocês não são invencíveis; o vírus pode colocá-los no hospital por semanas ou até matá-los. Mesmo se vocês não ficarem doentes, as escolhas que vocês fazem sobre aonde vão podem significar a diferença entre a vida e a morte para outra pessoa”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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É fato que idosos e pessoas com doenças pré-existentes são o grupo de risco. “Nos idosos, o sistema imunológico já envelheceu e não produz o mesmo nível de resposta, por isso, eles têm mais risco de desenvolver os sintomas mais graves”, explicou Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e diretor-médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio de Janeiro.

Ainda assim, não deve ser descartada a possibilidade de que pessoas completamente saudáveis e abaixo da idade considerada vulnerável também são passíveis de contrair a Covid-19 e, na pior das hipóteses, morrer em decorrência do vírus. De acordo com Willem van Schaik, professor do Instituto de Microbiologia e Infecção da Universidade de Birmingham, é errado pensar que pessoas com menos de 50 anos sempre terão sintomas leves e não precisarão de tratamento.

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Segundo dados do governo britânico, a maioria dos óbitos por coronavírus no país eram pacientes com doenças pré-existentes. Contudo, autoridades de saúde continuam demonstrando preocupação quanto à situação dos jovens, já que tendem a acreditar que a doença acomete apenas idosos.

Via: G1