Nesta sexta-feira (29), durante coletiva de imprensa realizada no Roseiral da Casa Branca, o presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos cortarão laços com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A China tem controle total sobre a OMS, apesar de pagar apenas US$ 40 milhões por ano em comparação com o que os Estados Unidos estão pagando, que são aproximadamente US$ 450 milhões por ano”, declarou o governante.

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Anteriormente, Trump fez críticas à maneira com que a OMS respondia à pandemia do novo coronavírus, que atingiu os EUA mais do que qualquer outro país, principalmente no número de infectados – que já passa de 1,7 milhão de pessoas.

No início de maio, o presidente ameaçou cortar permanentemente o financiamento da OMS. Em uma carta, ele disse que se a agência não se comprometesse com “grandes melhorias nos próximos 30 dias, farei meu congelamento temporário do financiamento dos Estados Unidos à Organização Mundial da Saúde e reconsiderarei nossa participação na organização”.

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Na declaração mais recente, Trump declara que a OMS falhou em fazer as “mudanças necessárias” e que o país encerraria o “relacionamento com a Agência Mundial da Saúde e redirecionaria esses fundos para outras necessidades mundiais”. 

Preocupação com o corte

O financiamento da OMS é feito em ciclos orçamentários de dois anos. Para os ciclos de financiamento de 2018 e 2019, os EUA pagaram US$ 237 milhões em valores obrigatórios e US$ 656 milhões em contribuições voluntárias, com média de US$ 446 milhões por ano.

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Em 20 de maio, autoridades da OMS disseram que temiam pelos programas de emergência e o que poderiam sofrer caso o presidente retirasse permanentemente o financiamento da agência internacional. 

De acordo com Mike Ryan, diretor-executivo do programa de emergências em saúde da OMS, a maior parte do dinheiro vindo dos EUA é usado para programas que ajudam países em “todo tipo de ambiente frágil e difícil”.

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“Obviamente, teremos que trabalhar com outros parceiros para garantir que esses fundos ainda possam fluir”, disse Ryan. “Isso terá uma grande implicação para a prestação de serviços essenciais de saúde a algumas das pessoas mais vulneráveis do mundo. No entanto, acreditamos que os doadores, se necessário, intervirão para preencher essa lacuna”, finaliza.

Via: CNBC