O Airbnb anunciou nesta quarta-feira (19) que enviou à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos os documentos necessários para uma oferta pública inicial (IPO) – o primeiro passo do processo de abertura de capital da empresa. Embora ainda possa adiar ou cancelar o IPO, a medida indica que a startup pretende disponibilizar suas ações na Bolsa de Valores ainda este ano.

Em julho, o CEO da empresa, Brian Chesky, disse aos funcionários que o Airbnb estava avançando com seus esforços para abrir seu capital. Os negócios da empresa de compartilhamento de hospedagem foram duramente atingidos pela pandemia da Covid-19, com sua receita caindo 67% no segundo trimestre.

Para estabilizar a empresa, Chesky cortou 25% da equipe, dispensou terceirizados, congelou o orçamento de marketing e assumiu dívidas de US$ 2 bilhões. Como parte do financiamento da dívida, o Airbnb concordou em ter sua avaliação reduzida de US$ 31 bilhões para US$ 18 bilhões.

Após o episódio, no entanto, a empresa passou a ressaltar resultados positivos de sua plataforma. Em junho, o Airbnb afirmou que entre 17 de maio e 6 de junho de 2020, foram registradas mais reservas para viagens no Airbnb nos Estados Unidos do que no mesmo período de 2019. No mês seguinte, o app registrou a marca de mais de um milhão de reservas em sua plataforma no mundo todo. A empresa não atingia esse resultado desde o dia 3 de março.

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Na semana passada, o The Wall Street Journal adiantou que a companhia pretendia realizar sua IPO no fim de 2020 – um movimento que tem sido impulsionado por alguns dos primeiros funcionários do Airbnb, que detém algumas opções de ações que estão programadas para expirar no fim do terceiro trimestre. Os funcionários normalmente não podem exercer suas opções, a menos que possam imediatamente vender suas ações ao público.

Fundada em 2008, a empresa revolucionou a indústria hoteleira ao permitir que indivíduos alugassem quartos em suas casas para viajantes. Tornou-se então uma das startups privadas mais valiosas do mundo. Sua oferta representa o fim de uma era para a primeira onda de “unicórnios”, muitos dos quais foram fundados na recessão de 2008 e, em seguida, aproveitaram uma onda de crescimento da “economia compartilhada”, como Uber, Lyft, Postmates e WeWork.

Via: New York Times/Business Insider