O espaço esconde inúmeros segredos. Entre eles, incontáveis “mundos perdidos” podem existir. Conhecidos como planetas interestelares, esses corpos vagam livremente, sem orbitar nenhuma estrela. Isso faz com que eles sejam muito difíceis de ver. No entanto, isso pode estar prestes a mudar.

Em algum momento dos próximos cinco anos, a Nasa lançará o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman – um novo observatório que conta com a possibilidade de oferecer uma visão 100 vezes maior do que a fornecida atualmente pelo Telescópio Hubble.

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Telescópio Hubble. Foto: Nasa

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Em um estudo para investigar as capacidades tecnológicas do novo equipamento, uma equipe de estudantes de astronomia da Ohio State University descobriu que a missão da Nasa tem dez vezes mais chance de detectar planetas interestelares durante observações.

“Isso nos dá uma janela para esses mundos que de outra forma não teríamos. Vários planetas interestelares já foram descobertos, mas para realmente obtermos uma imagem completa, nossa melhor aposta é algo como Roman”, disse Samson Johnson, um dos envolvidos no estudo sobre o telescópio.

Surgimento dos planetas interestelares 

Embora a ciência ainda não entenda muito sobre a origem desses planetas, acredita-se que possam ter se formado a partir de discos gasosos ao redor de estrelas antes de serem lançados pelo espaço por meio das forças gravitacionais.

Os mecanismos de origem podem permanecer um mistério – pelo menos por enquanto -, mas o que fica claro é que o telescópio será capaz de perceber essas entidades à deriva no escuro – uma técnica chamada microlente gravitacional. Isso ocorre quando a luz de um objeto distante, como uma estrela, é distorcida por forças gravitacionais exercidas por um objeto massivo, como um planeta.

Ainda faltam alguns anos para que o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman esteja operacional, mas não deve demorar muito para que a esperada nova era de descobertas astronômicas seja possível. Essa fase pode ser, inclusive, semelhante ao encontro dos primeiros exoplanetas – que começou a ocorrer na década de 1990.

Nova estação terrestre da Nasa

Os sistemas de comunicação espacial baseados em radiofrequência têm sido úteis à Nasa há décadas, mas não o suficiente. Buscando desenvolver tecnologias que confiram mais velocidade e eficiência às transmissões de dados do espaço profundo para a Terra (e vice-versa), a agência está trabalhando em soluções de comunicação óptica, utilizando laser infravermelho para enviar e receber arquivos a longas distâncias.

A estação terrestre de última geração Optical Ground Station 2 (OGS-2), concluída recentemente, faz parte dessas soluções. Semelhante a um capacete gigantesco, a estação é na verdade um telescópio óptico arquitetado para receber os feixes de laser provenientes do espaço. Desta forma, futuras sondas enviadas à órbita de Marte, por exemplo, poderão transmitir imagens e vídeos em alta qualidade à Terra em questão de segundos, desde que possuam sistemas capazes de emitir raios laser.

Via: Science Alert