A LG Chem anunciou, por meio de seu CEO Hak Cheol Shin, que está desenvolvendo parcerias para produção de baterias automotivas com duas montadoras de alcance global. Trata-se da chinesa Geely, atual dona da Volvo, e da norte-americana GM.

Atualmente, a empresa sul-coreana é a principal produtora de baterias para automóveis elétricos do mundo. Seus produtos equipam modelos de montadoras como o Tesla Model 3, e são referência no mercado automotivo.

De acordo com Shin, a tendência é que o modelo de parcerias entre a LG Chem e as principais montadoras do mercado se torne um padrão para o fornecimento de baterias. “Nossas joint ventures com a Geely e a GM já foram anunciadas e temos discussões em andamento com algumas outras montadoras”, afirmou.

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O Tesla Model 3 é um dos carros equipados com baterias da LG Chem. Foto: Aleksei Potov/Shutterstock

A empresa planeja também um desmembramento de sua operação de baterias para automóveis em uma nova companhia. Shin informou que, em um primeiro momento, a unidade de produção terá o nome de LG Energy Solutions, em forma jurídica de uma subsidiária integral.

Maior facilidade para investimentos

O objetivo do desmembramento é facilitar o aporte de investimentos financeiros na pesquisa e produção de modelos melhorados de bateria. “Para manter nossa posição de número um em face da concorrência crescente de empresas chinesas e outras, precisamos colocar capital na produção e pesquisa de baterias”, ressaltou Shin.

Com o desenvolvimento de produtos mais eficientes, a expectativa é de dobrar a capacidade global das baterias, passando de 120 gigawatts-hora (GWh) para 260 GWh.

Shin também comenta que as relações da LG Chem com a Tesla devem se estreitar, em forma de uma cooperação para a produção das baterias. “Começamos a fornecer para a Tesla a sério, e este é o início de uma boa parceria e esperamos expandir a parceria. Estamos em negociações para expandir a cooperação com quase todas as montadoras, e a Tesla é uma delas”, afirmou.

A LG Chem também tem planos contrastantes aos da futura Energy Solutions. Há um interesse da empresa em construir instalações petroquímicas nos EUA e no sudeste asiático, o que levaria a empresa a tomar outras decisões estratégicas, principalmente quanto ao desenvolvimento de automóveis elétricos.

Fonte: Reuters