Daimler e Volvo vão prover energia limpa a caminhões pesados e geradores

Fabricantes se uniram para desenvolver sistemas de células de combustível de hidrogênio; tecnologia pode fornecer 300 kW de potência ininterrupta para caminhões de longo curso
Fabiana Rolfini02/11/2020 16h45, atualizada em 02/11/2020 16h48
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A alemã Daimler, responsável pela Mercedes-Benz, e a Volvo estão formando uma joint venture para desenvolver e vender sistemas de células de combustível de hidrogênio. O foco está em caminhões pesados, como o conceito GenH2 da Mercedes, mas a tecnologia deve ser “idealmente adequada” para geradores de energia estacionários – imagine uma alternativa mais limpa para os geradores a diesel que mantêm data centers funcionando.

Os sistemas criados possuem vários estágios de potência, mais notavelmente um sistema duplo que fornece 300 kW de potência ininterrupta para caminhões de longo curso. No entanto, ainda vai levar um tempo para avistarmos qualquer caminhão usando essas células em estradas, canteiros de obras e pedreiras. 

A Daimler e a Volvo esperam iniciar os primeiros testes de caminhões usando a tecnologia em “cerca de três anos”, e não iniciarão a produção total até a segunda metade da década. A joint venture em si não deve ser finalizada até o primeiro semestre de 2021.

Reprodução

Células de combustível de hidrogênio são energia limpa promissora a caminhões. Imagem: Literator/Shutterstock

 

Apesar desta parceria, as empresas ressaltam que permanecerão concorrentes em outros aspectos, incluindo a integração de células de combustível em seus próprios veículos.

Veículos movidos a hidrogênio

O hidrogênio aspira ser o principal combustível dos novos veículos no futuro. Com esta energia limpa, a recarga de um carro duraria entre 4 e 5 minutos, assim como em um posto de gasolina convencional. O hidrogênio também aumenta a capacidade do veículo, que fica com uma autonomia de 650 quilômetros.

Outro fator é que automóveis movidos a hidrogênio apresentam uma maior flexibilidade, se comparados com os carros elétricos, uma vez que teoricamente não precisam ser “carregados” frequentemente ou entrar em disputadas por fontes de abastecimento de energia.

Via: Engadget

Redator(a)

Fabiana Rolfini é redator(a) no Olhar Digital