Tudo o que envolve o espaço chama a atenção. Principalmente se o fenômeno for registrado. Esse é o caso de uma enorme bola de fogo que abriu caminho pelo céu da costa sul da Tasmânia, Austrália.

Uma câmera de transmissão instalada em um navio de pesquisa chamado Investigator foi responsável por capturar o momento exato do fenômeno. Operada pela Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), o órgão nacional de pesquisa científica da Austrália, a embarcação detectou o acontecimento às 21h21, horário local, de 18 de novembro.

Por padrão o navio foi projetado para “olhar” para baixo, mapeando o fundo do mar e conduzindo estudos oceanográficos. No entanto, o registro de um meteoro vindo do céu foi o que mais intrigou a tripulação.

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“O que vimos na análise das imagens da transmissão ao vivo nos surpreendeu, o tamanho e o brilho do meteoro foram incríveis”, disse John Hooper, um dos responsáveis pelo navio, em um comunicado enviado à imprensa.

Após o avistamento, a mídia local foi inundada com relatos de pessoas que acompanharam o fenômeno. No entanto, não havia nenhum registro do momento. Inclusive, a Organização Internacional de Meteoros, responsável por rastrear esses fenômenos, parece não ter nenhuma imagem do acontecido.

Por esse motivo, o que foi capturado pela câmera do navio parece ser o único registro do momento. “Tivemos sorte de capturar tudo pela câmera do navio”, finaliza Hooper.

Meteoro na Bahia

Um meteoro passou pelo céu da Bahia na noite de 26 de outubro e assustou moradores do interior do estado. O clarão foi visto nas cidades de Ipirá, Itaberaba e Ituberá. Ainda não se sabe se o corpo celeste atingiu o solo ou se desfez por inteiro quando entrou na atmosfera da Terra. O evento foi registrado em vídeo.

De acordo com moradores da região, um clarão, como uma bola de fogo, foi visto no momento da chegada do meteoro. Um grande estrondo também acompanhou a queda. Por volta das 21h30, o fenômeno ocorria entre o mar de Pratigi e o Morro de São Paulo.

“O tremor foi intenso, as janelas de casa trepidaram mesmo. Cheguei a pensar que um botijão de gás tinha estourado”, disse um morador.

De acordo com o presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e Diretor Técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), Marcelo Zurita, o corpo celeste atingiu as camadas mais baixas da atmosfera e que, por isso, houve a maior propagação do som do evento. Sobre o tremor, Zurita ainda explicou que não foi a terra em si que tremeu, mas sim janelas e paredes.

O presidente da APA ainda afirma que o caminho feito pelo meteoro foi bastante inclinado em relação ao solo. “Não sabemos se ele chegou a atingir o solo ou se foi completamente consumido pela passagem atmosférica. Mas, pelas imagens, imaginamos que provavelmente alguns fragmentos, não muito grandes, chegaram ao solo. A probabilidade de que causem algum dano é muito pequena”, tranquilizou Zurita.

Via: CNet