A China realizou nesta terça-feira (22) o voo inaugural de seu novo foguete Longa Marcha 8 Y-1. Segundo a mídia estatal, o Longa Marcha 8 Y-1 partiu às 00h37 no horário de Hainan — ilha do sul da China —, carregando cinco satélites.

O lançamento configura mais um passo do país rumo ao projeto de longo prazo para desenvolver veículos de lançamentos reutilizáveis, acelerando os cronogramas de missões para clientes comerciais e reduzindo os custos das mesmas.

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A ideia da China é desenvolver foguetes reutilizáveis na série Longa Marcha 8 nos próximos anos. Eles deverão seguir os mesmos moldes da linha Falcon, produzida pela SpaceX, do bilionário Elon Musk.

Foguete Falcon, do SpaceX
China deverá projetar foguetes reutilizáveis similares à linha Falcon, da SpaceX. Foto: SpaceX/Divulgação

Apesar de não informar se o foguete Longa Marcha 8 Y-1 enviado ao espaço é reutilizável, as variantes futuras devem ser capazes de realizar pousos e decolagens verticais (VTVL), permitindo suas reutilizações em outros lançamentos.

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Isso porque uma autoridade da China Aerospace Science and Technology Corp revelou em novembro a intenção do país em desenvolver seus primeiros veículos VTVL até meados de 2025.

Corrida espacial

Na semana passada, a espaçonave chinesa da missão Chang’e 5 trouxe as primeiras amostras de rochas da Lua desde 1976. O evento consolidou ainda mais os esforços da China para progredir com seus desenvolvimentos de exploração espacial.

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Diversas outras missões espaciais devem ocorrer nos próximos anos. Em fevereiro de 2021, está programada a chegada do Tianwen-1 à orbita de Marte, caso a primeira missão independente da China rumo ao Planeta Vermelho — iniciada em julho deste ano — tenha sucesso.

Até meados de 2022, a China pretende finalizar uma estação multi-módulos habitada e até 2045 espera-se que o país crie um programa para operar milhares de voos por ano, com transporte de cargas e passageiros.

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Guardadas as devidas proporções, é possível que os próximos anos relembrem a corrida espacial ocorrida na Guerra Fria, agora com Estados Unidos e China encabeçando a disputa.

Via: Uol